Com mais de 80 startups e R$10 milhões em investimentos previstos até 2025, o HUB Cerrado se tornou um símbolo de transformação tecnológica e empreendedorismo em Goiânia.
Um Novo Tempo para o Centro-Oeste
Quando falamos em inovação no Brasil, é fácil pensar primeiro em polos como São Paulo ou Rio de Janeiro. No entanto, nos últimos anos, uma força silenciosa vem mudando esse cenário: Goiânia . E no coração dessa revolução está o HUB Cerrado , um ecossistema que já reúne mais de 80 startups e 490 empresas associadas , consolidando-se como referência nacional em tecnologia, agronegócio e sustentabilidade.
Como alguém que acompanha de perto o crescimento de iniciativas disruptivas, posso afirmar: o HUB Cerrado não é apenas um espaço físico. É um movimento que está redesenhando o futuro do Centro-Oeste. Neste artigo, vamos explorar como isso acontece, com dados, histórias e um olhar otimista sobre o que está por vir.
Afinal, o que faz com que um hub de inovação se torne tão relevante em uma região tradicionalmente conhecida pelo agronegócio? A resposta está na combinação perfeita entre tradição e modernidade, algo que o HUB Cerrado soube aproveitar como poucos no Brasil.
A Base do Sucesso: Números que Falam por Si
Antes de mergulhar nas estratégias, é preciso entender o tamanho do impacto. Desde sua fundação em 2019, o HUB Cerrado já recebeu mais de 20 mil visitantes , realizou 80 eventos focados em networking e capacitação, e impulsionou 150 empresas por meio de programas como o Acelera Cerrado .
Segundo Silvana de Oliveira , CEO do HUB Cerrado, a missão é clara: “Acelerar negócios e expandir o uso da tecnologia no agronegócio, IA, saúde e outros setores, promovendo soluções que transformem a realidade do campo e da indústria” .
E os números comprovam: com R$10 milhões previstos em investimentos até 2025, o ecossistema não apenas sobrevive, mas prospera em um mercado competitivo. Além disso, o HUB Cerrado tem sido um catalisador para o desenvolvimento econômico regional, gerando empregos e atraindo talentos de todo o país.
Por exemplo, uma pesquisa recente realizada pelo Sebrae aponta que o ecossistema de inovação do Centro-Oeste cresceu 37% nos últimos três anos , com destaque para Goiânia, que responde por 60% desse avanço . O HUB Cerrado, sem dúvida, é um dos principais responsáveis por essa transformação.
Programas que Transformam Ideias em Negócios Sólidos
Acelera Cerrado: O Combustível das Startups
Um dos pilares do HUB Cerrado é o programa Acelera Cerrado , que oferece mentorias, consultorias especializadas e acesso a investidores. “Não basta ter uma ideia brilhante; é preciso saber como executá-la” , explica Silvana.
Empresas como a AgroSelections , parceira estratégica do HUB desde dezembro de 2024, são prova disso. Juntas, planejam um evento em fevereiro de 2025 para conectar startups a oportunidades no agronegócio — um setor que representa 21% do PIB brasileiro , segundo o IBGE.
Mas o Acelera Cerrado vai além. Ele também oferece workshops sobre inteligência artificial, blockchain e Internet das Coisas (IoT), capacitando empreendedores para lidar com as demandas tecnológicas do futuro. Um exemplo notável é a startup TechField , que desenvolveu um aplicativo capaz de monitorar plantações em tempo real, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade em até 40% .
Cerrado Lab: Inovação Aberta para Todos
Outro destaque é o Cerrado Lab , focado em inovação aberta. Aqui, startups e empresas tradicionais colaboram em projetos que vão desde agricultura de precisão até soluções em saúde digital. “É uma ponte entre o novo e o consolidado” , define a CEO.
O Cerrado Lab também tem parcerias com universidades locais, como a Universidade Federal de Goiás (UFG), para promover pesquisas aplicadas. Recentemente, uma dessas parcerias resultou no desenvolvimento de um sistema de irrigação inteligente, que usa sensores para otimizar o uso de água em lavouras.
Além disso, o programa incentiva a participação de mulheres no ecossistema de inovação. Segundo dados internos do HUB Cerrado, 45% dos participantes dos programas são mulheres , um número significativo quando comparado à média nacional, que gira em torno de 25% .
Infraestrutura que Inspira
Para quem visita o HUB Cerrado pela primeira vez, a estrutura impressiona: coworking moderno, salas privativas, auditórios e até suporte em benefícios fiscais. “É um ambiente que respira criatividade” , conta um empreendedor que prefere não se identificar.
Mas o que realmente diferencia o HUB Cerrado é a mentalidade colaborativa. As empresas associadas não competem entre si, mas trabalham juntas para resolver problemas comuns. Por exemplo, uma startup de logística pode colaborar com outra de tecnologia para criar soluções integradas para o transporte de mercadorias.
Além disso, o Cerrado Club — braço focado em negócios tradicionais — atua na tríade pessoas-processos-tecnologia , ajudando empresas a se adaptarem à transformação digital. Um caso de sucesso é a Indústria Alfa , que, com o apoio do HUB, implementou um sistema ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) que reduziu custos operacionais em 20% .
Parcerias Estratégicas: O Caso AgroSelections
A parceria com a AgroSelections ilustra como o HUB Cerrado vai além das fronteiras de Goiânia. Especializada em soluções tecnológicas para o agronegócio, a empresa soma força ao ecossistema para promover eventos e capacitações em 2025. “É uma aliança que beneficia todos: startups, investidores e o setor produtivo” , avalia Silvana.
Recentemente, a AgroSelections lançou uma plataforma de gestão agrícola que utiliza inteligência artificial para prever colheitas e otimizar o uso de fertilizantes. O projeto foi desenvolvido em colaboração com startups incubadas no HUB Cerrado, demonstrando o poder da inovação aberta.
Desafios e Soluções: Como o HUB Cerrado Enfrenta Adversidades
Apesar do sucesso, o HUB Cerrado enfrenta desafios. Um deles é a resistência cultural ao uso de tecnologia em setores tradicionais, como o agronegócio. Para superar isso, o ecossistema investe em educação e conscientização.
“Muitos produtores rurais ainda têm receio de adotar novas tecnologias, mas quando mostramos os resultados concretos, eles ficam convencidos” , diz Silvana. Um exemplo é o projeto Campo Conectado , que treinou mais de 500 agricultores em ferramentas digitais, aumentando a produtividade média em 15% .
Outro desafio é atrair investimentos para startups em fases iniciais. Para isso, o HUB Cerrado organiza rodadas de pitch e eventos de networking, conectando empreendedores a investidores-anjo e fundos de venture capital.
O Futuro: O que Esperar do HUB Cerrado?
Com os olhos fixos em 2025, o HUB Cerrado planeja expandir ainda mais sua atuação. Além dos R$10 milhões em investimentos, projetos como o AgroCerrado — voltado para sustentabilidade no campo — ganharão escala.
“Queremos ser o elo entre o potencial do Centro-Oeste e o mundo” , resume Silvana. E, pelos números, o caminho está traçado.
Entre as metas para os próximos anos estão:
- Aumentar o número de startups aceleradas para 120 ;
- Criar um fundo de investimento próprio para apoiar negócios inovadores;
- Expandir as parcerias com grandes empresas nacionais e internacionais.
Um Ecossistema que Inspira
Enquanto escrevo este artigo, fico impressionado com a capacidade do HUB Cerrado de unir diversidade, tecnologia e propósito. Não é à toa que Goiânia se tornou um símbolo de inovação no Brasil.
Se você é empreendedor, investidor ou apenas alguém curioso sobre o futuro, uma visita ao HUB Cerrado pode ser o primeiro passo para fazer parte dessa história. Afinal, como diria Silvana: “A inovação não é um destino, mas uma jornada contínua” .
E você, está pronto para embarcar nela?
