Startup oferece soluções de pagamentos em grupos de WhatsApp e Telegram, gerenciamento de clientes e criação de landing pages para criadores de todos os portes
A Hubla – startup que permite a criadores de conteúdo monetizar grupos de WhatsApp e Telegram – está de olho no mercado brasileiro de economia criativa. Desde a pandemia, produtos digitais como cursos, ebooks, podcasts e mentorias cresceram em popularidade, impulsionados também pela nova relação das pessoas com o trabalho.
Segundo a consultoria internacional Influencity Marketing Hub, o Brasil tem cerca de 9 milhões de influenciadores digitais, sendo que 36% já vivem exclusivamente da produção e comercialização de conteúdo online. Destes, 75% faturam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. E é justamente aí que entra a Hubla, startup fundada em 2020 para ajudar esses criadores a ganhar dinheiro e que, em 2022, movimentou mais de R$ 200 milhões.
“O mercado de infoprodutos, que são aqueles cuja utilidade principal está na informação e no conteúdo, tem uma dor bem específica: o modelo de monetização não costuma ser sustentável no longo prazo. Quem compra um curso, quase nunca assiste até o fim. O mesmo acontece com ebooks e podcasts. Consequentemente, o criador não consegue gerar valor para o seu cliente, que por sua vez, por mais que tenha adquirido o seu produto, não tem motivação para gerar recorrência”, explica Arthur Alvarenga, CEO e cofundador da Hubla.
Para Alvarenga, é preciso desenvolver novos modelos de negócio que engajem o cliente e gerem fidelidade. Uma das soluções da Hubla para isso é a criação de comunidades. Por meio de uma plataforma online, a startup possibilita que criadores criem comunidades pagas, com assinaturas mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. Além de fazer toda a parte de gestão de membros, como adição e remoção de membros de acordo com seu status de pagamento, também oferece ferramentas para auxiliar na parte de divulgação e vendas.
As comunidades são grupos de pessoas que compartilham interesses em comum e se reúnem em torno de um determinado nicho ou tema específico. São formadas por pessoas que desejam aprender mais sobre um assunto, trocar ideias, experiências, opiniões e se ajudar mutuamente para atingir seus objetivos. Por conta disso, o nível de engajamento – e de conversão – acaba sendo muito mais alto.
“Além de fácil de implementar, uma comunidade serve vários propósitos em um negócio digital: é porta de entrada para novos clientes, maximiza a retenção de qualquer que seja o produto e também cria uma base de clientes fiéis, muito mais propícios a consumir novos produtos do mesmo criador”, defende Alvarenga.
Foi o que aconteceu com Gabriel Dias, influenciador de conteúdo sobre viagens que montou a sua primeira comunidade na Hubla em 2021 e já conquistou 3.000 assinantes em suas 19 comunidades, 90% taxa de recompra e teve o crescimento de 350% em um ano, todas hospedadas na plataforma da startup.
Seu grupo principal é o “Emissões com Milhas”, onde ele compartilha diariamente as melhores oportunidades para emitir passagens aéreas com milhas. “É um conteúdo bem específico e que pode ser monetizado com sucesso”, afirma Alvarenga.
Números internos da Hubla mostram que os criadores da plataforma multiplicam seu faturamento em 2,6 vezes a partir do momento em que contratam os serviços da startup. Embora a utilização de todas as funcionalidades seja gratuita, a Hubla fica com 10,9% de cada venda realizada.