O Caminho para o Sucesso nos Investimentos: Participando do Mercado Privado

No mundo financeiro, o ano passado trouxe uma mudança notável que passou despercebida para poucos: foi o primeiro ano desde 1998 em que não ocorreu uma oferta pública de ações na bolsa de valores, o famoso IPO (Initial Public Offering). Esse fenômeno não é apenas um mero acaso, mas sim um reflexo claro do atual cenário econômico. No entanto, as nuvens de incerteza parecem finalmente se dissipar, com o início do ciclo de redução das taxas de juros e avanços em importantes agendas econômicas e políticas, o que levou a agência de classificação de risco Fitch a elevar o rating do Brasil. Este é um sinal de que a seca de IPOs pode estar chegando ao fim.

De acordo com Gilson Finkelsztain, CEO da B3, a Bolsa de Valores brasileira, podemos vislumbrar o retorno das IPOs no final deste ano ou início de 2024. Contudo, ele enfatiza que IPOs não se encaixam bem em um ambiente de incerteza. Portanto, a retomada dos IPOs será acompanhada por um cenário macroeconômico mais favorável e uma clareza maior nas perspectivas de crescimento do país.

A nova janela de oportunidades que se abrirá provavelmente atrairá inicialmente grandes empresas com negócios já consolidados. O mercado brasileiro demonstrou que ainda falta maturidade para impulsionar a bolsa de valores com empresas menores ou em estágios iniciais de desenvolvimento. Para se ter uma ideia, em 1999, o tempo médio que uma empresa levava para abrir seu capital na bolsa de valores dos Estados Unidos era de apenas 4 anos. Foi exatamente nessa idade que a Apple se tornou uma empresa pública em 1980. Se você tivesse investido mil dólares na Apple naquela época, hoje teria cerca de 2,2 milhões de dólares. No entanto, a Apple não é uma exceção; muitas outras empresas ofereceram retornos excepcionais aos seus investidores após seus IPOs até o final da década de 1990.

Entretanto, essa dinâmica mudou significativamente. Empresas agora estão levando mais tempo para abrir seu capital, o que implica que grande parte do valor gerado por elas permanecerá no mercado privado.

Nesse contexto, surge um ecossistema de investimentos privados vibrante, impulsionado pelo Venture Capital e Private Equity. Esses investimentos geralmente são feitos em negócios mais incertos, que dependem menos da volatilidade do mercado público. Embora esses investimentos envolvam riscos maiores, historicamente, proporcionam retornos mais elevados em comparação com o mercado público.

Nos Estados Unidos, onde o mercado de capitais é muito desenvolvido e cerca de 60% dos americanos possuem ações, os investimentos privados superaram o desempenho do mercado de ações (S&P 500) em três vezes nos últimos 20 anos.

Assim, faz todo o sentido para o investidor construir uma carteira diversificada, incluindo alocações em empresas do mercado privado. Além dos investimentos via fundos institucionais, que normalmente exigem aportes substanciais de investidores qualificados, avanços regulatórios recentes estão facilitando o acesso de investidores de varejo a essa classe de ativos.

Um exemplo notável é a Resolução 88 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que foi publicada há pouco mais de um ano como uma atualização da Instrução CVM 588. Essa resolução permite que empresas com faturamento de até R$ 40 milhões acessem o mercado de capitais por meio de plataformas autorizadas, como o Kria, que podem intermediar ofertas públicas de até R$ 15 milhões.

O futuro do mercado de capitais parece estar nas oportunidades de investimento em ativos como startups, pequenas e médias empresas (PMEs), tokens e até mesmo nas recentes Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs). Esses ativos, historicamente inacessíveis para investidores comuns, agora estão se tornando uma possibilidade para aqueles que compreendem que, para participar dos maiores retornos do mercado, é necessário acessar investimentos que ainda não estão disponíveis na bolsa de valores.

O cenário de IPOs em 2023 e 2024 promete ser emocionante, com oportunidades de investimento em empresas de grande porte. No entanto, os investidores inteligentes não devem esquecer o mercado privado, onde o potencial de retorno é alto e o acesso está se tornando cada vez mais democrático. A diversificação inteligente da carteira incluirá investimentos tanto no mercado público quanto no privado, aproveitando ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mundo dos negócios.

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