Por Rafael Ramos
Carlos Bracher, um dos artistas mineiros mais renomados internacionalmente, inicia um projeto incrível que homenageia a rica história e cultura de Belo Horizonte. Com o título “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade”, o artista dará vida a um impressionante painel instalação, composto por elementos de diversas formas de arte, como pintura, escultura, plotagem de textos, vídeos e música. O projeto é patrocinado pela CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
A obra, que será permanentemente exposta, tem sua concepção inspirada na intrigante transferência da antiga capital de Minas, de Ouro Preto para Belo Horizonte. A cidade, projetada por Aarão Reis, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897 e se tornou uma referência em diversas áreas culturais e artísticas, incluindo música, teatro, artes plásticas, dança, literatura, arquitetura, moda, esporte e gastronomia. O título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido ao Conjunto Moderno da Pampulha atesta a importância histórica e cultural da cidade.
Carlos Bracher, conhecido por suas obras marcantes e sua paixão por Minas Gerais, busca com este projeto imortalizar a rica herança cultural de Belo Horizonte. Através de sua arte, ele pretende homenagear figuras históricas como os inconfidentes e Tiradentes, assim como os modernistas que se reuniram em Ouro Preto em 1924, incluindo Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Blaise Cendrars.
O painel de Bracher criará uma ligação imaginária entre as montanhas de Ouro Preto e os personagens da nova capital, destacando figuras como Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Abgar Renault, Emílio Moura, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, Murilo Rubião e outros que contribuíram para a riqueza cultural de Belo Horizonte e Minas Gerais.
A gestão visionária do prefeito Juscelino Kubitschek trouxe nomes renomados como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, João Ceschiatti, Burle Marx e Athos Bulcão para o Complexo da Pampulha, reforçando a modernidade e a vanguarda da cidade. Belo Horizonte também se destaca por sua arquitetura neoclássica, representada pela Praça da Liberdade e outros edifícios notáveis.
Além disso, o painel abordará a relação da cidade com a gastronomia, moda e esportes, refletindo uma parte significativa da história de Belo Horizonte. A intenção é que o painel seja uma referência educativa para alunos das escolas públicas e privadas, contribuindo para a compreensão dos eventos históricos que moldaram a cultura brasileira.
O processo criativo de Carlos Bracher será documentado em fotos e vídeos, com um documentário dirigido por sua filha, Blima Bracher. Esse registro completo será apresentado ao público, permitindo que todos testemunhem a evolução da obra, desde sua concepção até a finalização, incluindo sessões de pintura ao vivo.
Carlos Bracher, que já teve exposições aclamadas em várias partes do mundo, como o Museu do Vaticano em Roma e o Palácio Imperial na Cidade Proibida de Pequim, está mais uma vez celebrando a cultura e a história por meio de sua arte. Seu legado será incorporado ao rico acervo artístico da capital, reforçando sua vocação cultural e artística.
A CEMIG, como uma grande apoiadora da cultura em Minas Gerais, desempenha um papel fundamental na realização desse projeto e em muitos outros. Ao longo de seus 70 anos, a empresa tem investido na preservação do patrimônio cultural e na promoção da diversidade cultural em todo o estado, fortalecendo a identidade mineira e democratizando o acesso à cultura.
O projeto “Belo Horizonte, Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade” será lançado oficialmente em um evento de abertura no dia 23 de setembro, na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. O público poderá acompanhar a execução da pintura ao vivo pelo artista Carlos Bracher, bem como desfrutar da música do Quarteto de Câmara do Pilar e da participação do dramaturgo e ator Julliano Mendes. A entrada é gratuita, proporcionando a todos a oportunidade de vivenciar essa celebração da cultura e história de Belo Horizonte.
Carlos Bracher continua a deixar sua marca na cena artística brasileira e mundial, cativando o público com sua paixão pela arte e pela rica herança cultural de Minas Gerais. Seu trabalho é uma homenagem tocante à história de Belo Horizonte e um tributo aos inúmeros artistas e intelectuais que contribuíram para a cultura brasileira ao longo dos anos. Como disse Carlos Drummond de Andrade, “Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elogio que, de coração, lhe posso fazer. Viva Minas.”
Não perca a oportunidade de testemunhar essa jornada artística única e celebrar a cultura vibrante de Belo Horizonte com Carlos Bracher.