Por Rafael Ramos
O avanço da inteligência artificial (IA) não é mais uma mera promessa do futuro, mas sim uma realidade presente que já molda significativamente o cenário empresarial em todo o mundo. Enquanto muitos debatem o impacto dessas tecnologias em perspectiva, especialistas apontam para sua implementação bem-sucedida nos dias de hoje. Um exemplo notável é o uso de IAs generativas como ChatGPT e Bard, que demonstram a penetração da IA em diversos setores.
De acordo com a consultoria Deloitte, a maioria das organizações investe em média entre US$ 500 mil e US$ 5 milhões em inteligência artificial. Essa cifra impressionante reflete o quão arraigada a IA já está no tecido empresarial global.
Rebeca Duarte, Head Digital Planning da agência full service Adtail, ressalta que essas transformações ocorrem constantemente, mas muitas vezes passam despercebidas. Ela observa que a IA, a automação e o aprendizado de máquina fazem parte do cotidiano digital, influenciando a forma como interagimos com sites, aplicativos e redes sociais. É uma presença sutil, porém onipresente.
Embora as IAs generativas tenham causado um grande impacto recentemente, a base dessa tecnologia já está em desenvolvimento e aplicação há anos. Rebeca destaca que atualmente estamos utilizando essas IAs para tarefas práticas, tornando-as mais visíveis e tangíveis para o público em geral.
No entanto, Rebeca enfatiza que a IA não é apenas o começo, mas sim uma jornada em andamento. Ela atua como um suporte para otimizar processos, expandindo constantemente as possibilidades. O futuro promete surpreender ainda mais nesse aspecto.
Exemplos claros de IA nos negócios incluem ferramentas de reconhecimento de padrões de comportamento de usuários em sites e e-commerces. A IA analisa o histórico de navegação e recomenda produtos e serviços com base nesses dados, semelhante ao que vemos em serviços de streaming. Além disso, os chats 100% autônomos estão ganhando destaque no e-commerce, agindo como vendedores virtuais ao responder dúvidas e interagir com os clientes em potencial.
Mesmo as IAs generativas, que recentemente se tornaram famosas, já estão integradas ao cotidiano de algumas empresas. Elas podem transformar texto, criar resumos a partir de grandes volumes de dados e até mesmo contribuir em sessões de brainstorming.
Apesar das preocupações sobre o impacto da IA no emprego, muitos profissionais que atuam no mundo digital têm recebido as IAs de braços abertos. À medida que mais setores aderem à digitalização, a aceitação da IA continua a crescer.
Rebeca observa que essa aceitação reflete a busca das marcas por eficiência e diferenciação em um mercado competitivo. No entanto, ela adverte que o rápido avanço do mercado também traz desafios. Um exemplo disso é a tentativa de usar IAs para substituir tarefas complexas realizadas por profissionais experientes no campo do marketing. Essas tentativas ainda estão em evolução, e é necessário cautela ao explorar essas possibilidades.
No campo do marketing, é essencial equilibrar a adoção da IA com a busca por soluções ideais, em vez de embarcar na tendência apenas porque está em alta. Os profissionais devem desempenhar o papel de avaliadores críticos e transformar as possibilidades da IA em estruturas organizadas, seguras e responsáveis. Estratégia, análise e criatividade continuam sendo habilidades cruciais para os profissionais, tanto no presente quanto no futuro.
A IA não é mais uma visão futurista para os negócios; é uma realidade presente que está moldando a forma como as empresas operam. À medida que a tecnologia continua a evoluir, os profissionais devem abraçar as oportunidades que ela oferece, mantendo um equilíbrio sensato entre inovação e responsabilidade. O presente da IA é emocionante, e o futuro reserva ainda mais surpresas para aqueles que estão dispostos a explorá-lo de maneira inteligente e estratégica.