Rebeca: A Costura no Avesso Celebra a Vida das Mulheres Judaicas no Museu Judaico de São Paulo

Um mergulho nos tesouros do Museu Judaico de São Paulo revelou um rico conjunto de cartas, fotografias, mapas, objetos e documentos pertencentes a mulheres judias. Com a habilidosa curadoria da escritora Noemi Jaffe, esses registros de vidas singulares deram origem à exposição “Rebeca: A Costura no Avesso”, uma jornada que será inaugurada em 29 de novembro.

No âmbito do Museu, Noemi desvendou centenas de artefatos para narrar a história de Rebeca, uma representação de tantas outras mulheres judias, não apenas aquelas cujas histórias estão preservadas no acervo, mas também, de certa forma, todas as mulheres judias. Talvez seja uma história compartilhada por toda a comunidade judaica: uma narrativa de identidade, exílio, perda e, igualmente, de transmissão, sonho e amor.

“No meu percurso, testemunhei inúmeras vidas entrelaçadas que, somadas, pareciam constituir apenas uma única existência, um único fio que abarcasse as histórias de todas as famílias judias. Todas elas, em suas profundezas, eram uma só: olhares estranhamente familiares que expressavam algo que está e não está ali, que é e não é ao mesmo tempo; algo sempre ausente, estou aqui e, ainda assim, também estou lá”, compartilha Noemi.

A exposição, dividida em nove momentos distintos, apresenta dezenas de objetos exclusivos do acervo do Museu Judaico de São Paulo, demonstrando que a memória judaica é um fenômeno vibrante, intrínseco ao presente de cada indivíduo. É simultaneamente pessoal e coletiva, evocando sentimentos, identidades e um senso de pertencimento; molda, desmembra e influencia a história.

Com o patrocínio do Instituto Golden Tree e o apoio dos demais mantenedores, patrocinadores e apoiadores anuais do Museu Judaico, a exposição estabelece um diálogo com a segunda edição do Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo (FliMUJ), que explorará a memória e identidade sob o tema “E se eu me esquecer de ti?” – uma questão vital para os tempos atuais, também explorada, em certa medida, na exposição.

O FliMUJ, composto por 12 mesas de debates com a participação de 30 autores nacionais e internacionais, entrelaçará perspectivas judaicas e não-judaicas sobre os variados aspectos do dever da memória. Esta edição, curada por Daniel Douek, cientista social, mestre em Letras pelo programa de Estudos Judaicos e Árabes da USP e doutorando em Letras na mesma instituição, e Rita Palmeira, crítica literária e editora, doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestre em Teoria e História Literária pela Unicamp, promete uma rica e profunda reflexão sobre essa temática tão essencial.

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