Por Rafael Ramos
A logística de entrega de alimentos está passando por uma transformação significativa, impulsionada pela tecnologia. Desde a prateleira do supermercado até a porta do restaurante, a agilidade na cadeia de suprimentos se tornou fundamental para prestadores de serviços alimentícios. Enquanto os consumidores comuns buscam reduzir o tempo gasto no supermercado, os estabelecimentos de comida agora enfrentam a pressão de receberem encomendas diretamente em suas portas, sem a necessidade de deslocamento. Nesse cenário, a tecnologia está desempenhando um papel fundamental, revolucionando a maneira como os alimentos são adquiridos, armazenados e entregues.
De acordo com um relatório da consultoria empresarial americana McKinsey, o setor de alimentos deve movimentar incríveis US$ 72 bilhões até 2025, impulsionado pelo suporte da Inteligência Artificial (IA). A integração de plataformas de pedidos online, sistemas de gestão de estoque e logística de entregas não apenas fortalece as operações internas das empresas, mas também melhora a experiência do cliente, proporcionando um serviço mais fluido e personalizado.
A Digitalização da Indústria de Alimentos
A digitalização está varrendo a indústria alimentícia, desde a produção até o varejo. Isso requer um nível mais elevado de integração e especialização. Empresas distribuidoras de alimentos, como a Óleos Ballesteros, com sede em Pinhais (PR), estão investindo em tecnologias para enfrentar esse mercado altamente competitivo e globalizado. Segundo Evandro Ramos, gestor de TI da Óleos Ballesteros, “o trajeto entre a prateleira e o estabelecimento de nosso cliente pode parecer longo, mas os recursos tecnológicos têm encurtado essa distância. Nossa aposta está no sistema da TOTVS, que contribui para ganhos de eficiência, controle mais preciso de toda a logística e integração operacional.”
A tecnologia se tornou a protagonista na otimização da logística de entrega de alimentos. Softwares estão sendo desenvolvidos para controlar estoques, rastrear a localização dos produtos, facilitar a entrega e melhorar a comunicação com os clientes. A indústria de alimentos e bebidas, que enfrenta mudanças constantes, entende que a inovação tecnológica é vital para sua sobrevivência. Márcio Viana, diretor executivo da TOTVS Curitiba, destaca que “a inovação precisa estar a serviço do consumidor, que está mais exigente. As empresas de tecnologia estão atentas a essas necessidades e buscam criar soluções para aperfeiçoar as relações de consumo, utilizando o que há de mais moderno em desenvolvimento tecnológico.”
A Segurança Cibernética como Prioridade
Além da otimização da logística, a segurança cibernética também se tornou uma prioridade. Evandro da Óleos Ballesteros revela que, após uma tentativa de ataque hacker, eles compreenderam que a tecnologia também age como um escudo protetor. À medida que as organizações buscam simplificar suas operações por meio da tecnologia, a necessidade de investir em cibersegurança cresce. De acordo com o relatório da Bravo Research, estima-se que cerca de US$ 10,42 bilhões serão destinados a ações de responsabilidade cibernética até o final de 2023.
A Revolução Tecnológica na Distribuição de Alimentos
Por meio de diversas implementações tecnológicas, é possível otimizar a logística de distribuição de alimentos, desde a organização do produto até a forma como ele chega ao seu destino final. Márcio Viana enfatiza que “o momento é de contribuir para que os avanços alcancem a indústria de alimentos e bebidas, garantindo que as empresas tenham informações necessárias para tomar decisões estratégicas. Somente assim podemos assegurar que a inovação e a excelência se convertam em pilares indispensáveis, promovendo um futuro mais promissor para toda a cadeia alimentar.”
A tecnologia está revolucionando a logística de entrega de alimentos, tornando-a mais eficiente e segura. À medida que a demanda por alimentos e serviços de qualidade cresce, as empresas do setor devem abraçar a inovação tecnológica como parte fundamental de suas operações para permanecerem competitivas e atenderem às expectativas dos clientes exigentes. A digitalização e a cibersegurança são as chaves para o futuro promissor da cadeia alimentar.