Por Rafael Ramos
A segurança pública é uma questão vital para o bem-estar de qualquer sociedade, e as inovações tecnológicas desempenham um papel cada vez mais importante nesse campo. Um exemplo marcante dessa revolução é a adoção das câmeras corporais, que estão transformando a maneira como a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) opera. Neste artigo, exploraremos como a tecnologia da Axon, mais especificamente a Axon Body 3, tem contribuído para melhorar a segurança pública, reduzir a letalidade policial e promover a transparência nas operações.
A Axon, líder global em soluções de tecnologia para segurança pública, é a mente por trás das câmeras corporais Axon Body 3, que são utilizadas no programa “Olho Vivo” pela Polícia Militar do Estado de São Paulo desde 2020. Esses dispositivos têm demonstrado um impacto notável nas estatísticas de segurança pública desde sua implementação.
De acordo com um estudo conduzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), intitulado “As câmeras corporais na Polícia Militar do Estado de São Paulo: processo de implementação e impacto nas mortes de adolescentes,” os índices de letalidade em abordagens policiais diminuíram drasticamente após o início do programa em 2020. Comparando com 2019, o ano imediatamente anterior à adoção das bodycams, o número de PMs vítimas de homicídio durante o horário de trabalho caiu de 14 para 6 em 2022, representando uma redução de mais de 42%.
Um dos principais efeitos positivos da introdução das câmeras corporais é a gravação de todas as operações realizadas pelos policiais que utilizam o dispositivo. Isso tem tido um impacto significativo nos índices de denúncias de corrupção e concussão. As imagens capturadas permitem verificar a conduta dos policiais e assegurar o cumprimento dos procedimentos, tornando mais difícil a apresentação de versões alternativas dos eventos e, assim, enfraquecendo falsas denúncias. Segundo o estudo do FBSP, houve uma redução de 37,5% no número de queixas desse tipo registradas pela Corregedoria da PMESP em 2022 em comparação com 2019. Além disso, as denúncias de concussão e corrupção registradas pela Ouvidoria das Polícias tiveram uma queda de 55,3%.
Os dados do sistema “Letalidade Policial em Foco,” mantido pelo Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GECEP) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), revelam que o índice de mortes resultantes de ações de policiais militares em serviço caiu impressionantes 62,7% entre 2019 e 2022, coincidindo com a implementação das câmeras corporais. Batalhões que aderiram ao programa Olho Vivo experimentaram uma redução ainda mais significativa, com uma diminuição de 76,2%, enquanto aqueles que não adotaram as câmeras viram uma redução de apenas 33,3%.
No entanto, a mera utilização das câmeras não é o único fator por trás dessas mudanças positivas nos dados de segurança pública. O estudo do FBSP destaca a importância de especificações técnicas que garantam o bom funcionamento, o registro adequado das imagens e a segurança das gravações. A Axon Body 3 foi projetada com uma série de recursos inovadores para atender a esses requisitos.
A câmera Axon Body 3 possui uma lente de alta definição que captura imagens nítidas e detalhadas, garantindo a clareza das evidências visuais. Além disso, é afixada no fardamento na região central do tórax e conta com tecnologia de estabilização de imagem, reduzindo o impacto de movimentos bruscos, garantindo que as gravações permaneçam claras e estáveis, mesmo em situações de alta intensidade. O sistema de áudio integrado na câmera permite a gravação de áudio de alta qualidade, capturando com precisão as interações e comunicações durante as operações.
A Axon Body 3 foi projetada para se assemelhar à experiência visual e auditiva dos policiais, com uma angulação semelhante ao campo de visão humano e sensibilidade à luz. Isso garante que as evidências capturadas reflitam de maneira precisa o que ocorreu na prática.
A resistência da câmera Axon Body 3 também é notável, sendo à prova d’água, poeira e impactos. Os suportes que prendem os equipamentos às fardas dos policiais são compostos de ímãs muito resistentes, garantindo sua confiabilidade e durabilidade durante as operações.
Uma característica importante do sucesso do programa Olho Vivo é a capacidade da câmera de realizar gravações ininterruptas por até 12 horas seguidas. A gravação começa automaticamente após a coleta do equipamento em sua base de carregamento e só para quando volta a ser conectada para recarregar a bateria.
Outro destaque é a conectividade Wi-Fi e LTE, que permite a transmissão em tempo real das gravações para os centros de comando. Isso dá aos policiais a capacidade de buscar apoio quando necessário, possibilitando ao comando analisar a situação e fornecer orientações precisas.
O principal diferencial da Axon Body 3 reside em seus recursos avançados de criptografia e sistema de gerenciamento de dados seguro. As imagens gravadas só podem ser acessadas ao conectar o equipamento em suas bases de carregamento de bateria, tornando impossível extrair as imagens de qualquer outra forma. Cada câmera possui um código único, vinculado aos dados do agente que a utilizou durante o expediente. Ao conectar o dispositivo na base, as imagens são automaticamente carregadas para o sistema de controle de evidências eletrônicas, que cataloga todas as ações realizadas sobre os vídeos, garantindo a integridade e a confidencialidade das evidências coletadas.
A Axon Body 3 representa um avanço significativo na captura de evidências visuais para profissionais de segurança e aplicação da lei. Essas câmeras corporais estão desempenhando um papel fundamental na transformação da segurança pública, promovendo a transparência, reduzindo a letalidade policial e fortalecendo a confiança entre as autoridades e a comunidade que servem. Com tecnologia de ponta e inovação, a Axon está liderando o caminho para um futuro mais seguro e justo.