O calor intenso do verão muitas vezes intensifica os desafios enfrentados por quem lida com a artrite reumatoide, uma condição autoimune persistente. A reumatologista Cláudia G. Schainberg destaca os motivos por trás desse fenômeno sazonal, oferecendo orientações cruciais para prevenção, cuidados e tratamentos durante essa estação.
A artrite reumatoide, afetando cerca de dois milhões de brasileiros, tende a impactar mais as mulheres e atingir indivíduos entre 30 e 40 anos. Caracterizada pelo aumento progressivo da inflamação nas articulações, essa condição pode resultar em danos permanentes nos ossos, dores constantes, desconforto e limitação de movimentos.
Embora não seja uma relação universal, o calor do verão pode desencadear fadiga e agravar os sintomas da artrite reumatoide. Schainberg destaca que o clima quente, a desidratação e a exposição excessiva ao sol estão entre os principais fatores. As altas temperaturas aceleram a desidratação, intensificando dores e inchaços nas articulações, aumentando a sensação de fadiga.
Para prevenir a fadiga da artrite reumatoide durante o verão, a especialista sugere estratégias práticas. Beber bastante água para evitar a desidratação, evitar excessos que sobrecarreguem as articulações, praticar atividades físicas em horários mais frescos e fazer pausas para descanso são fundamentais. Além disso, o uso de protetor solar e roupas adequadas para se proteger da exposição solar excessiva é essencial.
O tratamento varia conforme a gravidade da condição de cada paciente. Inicialmente, são indicados anti-inflamatórios, seguidos por corticoides em fases agudas, e em alguns casos, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários. Além dos tratamentos, cuidados adicionais desempenham um papel crucial no controle da doença. Schainberg destaca a importância da fisioterapia, terapia ocupacional, exercícios regulares, descanso adequado, gerenciamento do estresse, controle de peso, abstenção do tabagismo e moderação no consumo de álcool como parte essencial do cuidado para quem enfrenta essa doença autoimune crônica.
Ela enfatiza que o acompanhamento contínuo com um médico reumatologista é essencial, variando os intervalos de consulta conforme a necessidade de cada paciente.