Casa Museu Ema Klabin Prorroga Exposição “Rio de Janeiro, XIX-XXI”: Uma Imersão na Paisagem Carioca

Foto: Nelson kon

Um Olhar Sobre a Exposição

Se você ainda não teve a chance de visitar a exposição “Rio de Janeiro, XIX-XXI” na Casa Museu Ema Klabin, tenho uma excelente notícia: a mostra foi prorrogada até o dia 15 de setembro! Essa é uma oportunidade imperdível de explorar um dos álbuns de gravuras mais fascinantes sobre o Rio de Janeiro e conferir as intervenções contemporâneas do artista PV Dias. Em tempos em que a arte se mistura com a história e a contemporaneidade, essa exposição se destaca por sua profundidade e relevância.

Obra Aqueles que pintam o Rio de Janeiro, intervenção do artista PV Dias em Rio de Janeiro (1923) de Tarsila do Amaral, que integra a Coleção Ema Klabin. Adesivo retroverso em vinil.

O Encanto das Gravuras do Século XIX

A exposição exibe um conjunto raríssimo de 12 gravuras do álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, produzido pelo suíço Johann Jacob Steinmann em 1836. Este álbum é um verdadeiro tesouro para os amantes da história e da arte, sendo um dos primeiros registros europeus da cidade. As gravuras destacam a exuberância da paisagem natural do Rio de Janeiro com um olhar europeu, capturando a beleza da cidade sem revelar as tensões e conflitos que moldavam a época.

Gravura do álbum Souvenirs de Rio de Janeiro, publicado em 1836. Vista da Nossa Senhora da Glória e barra do Rio de Janeiro, de Johann Jacob Steinmann. Coleção Ema Klabin.

As imagens de Steinmann são como janelas para o passado, mostrando o Rio de Janeiro de uma maneira que poucos tiveram a chance de ver. É fascinante como a arte tem o poder de transportar o espectador para outra época, e essas gravuras não são exceção. Ao apreciar cada detalhe, somos convidados a refletir sobre como a cidade evoluiu e como a visão do artista europeu influenciou a percepção que temos do Rio hoje.

O Diálogo com a Arte Contemporânea

É aqui que a magia realmente acontece. A série “Disse-me-disse” de PV Dias oferece um contraponto intrigante às gravuras históricas de Steinmann. PV Dias insere figuras contemporâneas nas gravuras antigas, questionando a passividade das imagens e propondo uma nova leitura da paisagem carioca. É um diálogo visual poderoso que nos desafia a reconsiderar o que vemos e como vemos.

Intervenção de PV Dias na gravura do álbum Souvenirs de Rio de Janeiro, publicado em 1836. Vista da Nossa Senhora da Glória e barra do Rio de Janeiro, de Johann Jacob Steinmann. Coleção Ema Klabin.

Além disso, PV Dias fez intervenções em outras obras da Coleção Ema Klabin, incluindo peças de Tarsila do Amaral e Frans Post. Essas intervenções não são meros acréscimos, mas sim um convite para uma nova interpretação, uma nova conversa sobre a identidade e a territorialidade do Rio de Janeiro. Ao misturar o antigo com o novo, PV Dias cria um espaço para reflexão e questionamento sobre a representação da cidade e sua evolução ao longo do tempo.

Reflexões e Novas Perspectivas

O que me fascina nessa exposição é como ela nos provoca a pensar sobre a paisagem carioca de maneira mais complexa. PV Dias, junto com outros artistas contemporâneos, nos convida a questionar noções de pertença e territorialidade. A arte tem o poder de ir além da tradição e registrar a realidade de uma forma mais profunda e multifacetada.

É uma chance de ver como diferentes épocas e estilos artísticos podem se encontrar e dialogar, oferecendo novas perspectivas sobre um tema que, à primeira vista, pode parecer familiar. É essa capacidade da arte de abrir novas janelas para a realidade que a torna tão fascinante e relevante.

Catálogo da Exposição: Um Tesouro para Levar para Casa

Se você se apaixonou pela exposição e deseja levar um pedaço dela para casa, o catálogo recém-lançado é uma ótima opção. Ele inclui textos dos curadores Paulo de Freitas Costa e Janaina Damaceno, da curadora-adjunta Ana Paula Rocha, e de outras figuras importantes, como o diretor e o vice-diretor da Biblioteca Brasiliana Guita, Alexandre Macchione Saes e Hélio de Seixas Guimarães, e a pesquisadora Isabella Perrotta.

Além disso, o catálogo traz uma entrevista com PV Dias e imagens das gravuras de Steinmann, restauradas e pertencentes à Coleção Ema Klabin. É uma excelente forma de aprofundar seu conhecimento sobre a exposição e continuar a reflexão em casa.

Visitas Mediadas: Uma Experiência Enriquecedora

Para aqueles que desejam uma experiência mais profunda, a Casa Museu Ema Klabin oferece visitas mediadas à exposição. Essas visitas acontecem de quarta a domingo, e são uma oportunidade para se envolver mais profundamente com a arte e a história apresentadas.

As visitas mediadas são realizadas em datas específicas: 9, 11, 16, 18, 23 e 25 de agosto, das 14h30 às 15h30. Durante esses momentos, o Educativo da casa museu propõe uma conversa sobre a paisagem brasileira, suas populações e como elas foram retratadas pelos pintores europeus. É uma chance única de ouvir especialistas e enriquecer sua compreensão sobre o tema.

Serviço e Informações Práticas

Detalhes da Exposição

Exposição: Rio de Janeiro, XIX-XXI
Obras em destaque: Souvenirs de Rio de Janeiro, Johann Jacob Steinmann, 1836 e Série Disse-me-disse, PV Dias, 2024
Nova data de término: Até 15 de setembro de 2024

Horários e Endereço

Visitas livres: quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h
Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo, SP
Entrada: Franca, com sugestão de contribuição voluntária*

Sobre a Casa Museu Ema Klabin

A Casa Museu Ema Klabin é uma joia cultural em São Paulo. A residência, onde Ema Klabin viveu de 1961 a 1994, é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil, com seus ambientes preservados de forma notável. A coleção inclui obras de grandes mestres como Marc Chagall e Frans Post, além de peças do modernismo brasileiro e uma rica seleção de artes decorativas e livros raros.

Como fundação cultural sem fins lucrativos, a Casa Museu Ema Klabin se dedica a preservar, estudar e divulgar a coleção, promovendo atividades culturais, educacionais e sociais. A programação inclui exposições temporárias, cursos, palestras, oficinas e apresentações de música, dança e teatro, refletindo o legado cultural de Ema Klabin.

O jardim da casa museu foi projetado por Roberto Burle Marx, e a decoração foi criada por Terri Della Stufa, adicionando um charme único ao espaço.

Acompanhe a Casa Museu Ema Klabin

Para mais informações e atualizações sobre a Casa Museu Ema Klabin, visite o site oficial e siga as redes sociais:

Não perca a chance de vivenciar essa exposição única e enriquecedora!

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