“Façam os Poluidores Pagarem”: Greenpeace Pressiona Líderes na COP29

Protesto Silencioso Marca Posicionamento do Greenpeace em Baku

Ativistas do Greenpeace realizaram uma manifestação pacífica durante a COP29, Conferência do Clima da ONU, em Baku, Azerbaijão. Em um gesto silencioso, seguraram banners com frases como “Façam os poluidores pagarem”, “Parem de perfurar; comecem a pagar” e “Justiça climática”. A ação ocorreu nos corredores do evento, em frente às salas onde são realizadas as plenárias. A mensagem, clara e direta, mirou a responsabilização das indústrias de combustíveis fósseis pela crise climática global.

“Apelamos aos líderes mundiais que não se esqueçam da decisão final da COP28, de abandonar os combustíveis fósseis, e que agora, na COP29, responsabilizem aqueles que causaram a crise climática global que vivemos: os grandes poluidores ligados à indústria dos combustíveis fósseis. Os grandes poluidores precisam arcar com o financiamento climático dos países em desenvolvimento”, afirmou Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil e participante do protesto.


Protesto em Meio às Plenárias

Sem poder cantar ou bater palmas devido às restrições impostas pela organização da COP29, os ativistas limitaram-se a murmurar músicas de protesto por cerca de meia hora. A ação silenciosa antecedeu a plenária de balanço da primeira semana do evento e ocorreu em um momento estratégico, enquanto negociadores cruzavam os corredores rumo às discussões.

O protesto chamou atenção para a urgência de medidas concretas sobre financiamento climático, especialmente diante de um cenário internacional marcado por desafios políticos, como as eleições nos Estados Unidos e a retirada da delegação da Argentina das negociações.


Impulsos e Impasses: O Primeiro Resumo da COP29

A primeira semana da COP29 apresentou avanços moderados e inúmeros desafios, particularmente no que diz respeito ao financiamento climático. Apesar do progresso nas discussões, muitos impasses permaneceram sobre como alocar recursos para países em desenvolvimento enfrentarem os efeitos das mudanças climáticas.

“O Greenpeace pressiona os governos por um acordo para desbloquear trilhões de dólares, que deverão ir para medidas de mitigação, adaptação e perdas e danos nos países em desenvolvimento. Os ministros aqui presentes devem deixar Baku com um pacote financeiro ousado, que financie ações climáticas ambiciosas e forneça o apoio financeiro público desesperadamente necessário àqueles que estão na linha de frente desta crise”, destacou Jasper Inventor, chefe da delegação do Greenpeace na COP29.

Inventor enfatizou ainda a necessidade de um mecanismo robusto para garantir que os grandes poluidores arquem com os custos relacionados aos danos climáticos. “O financiamento climático deve ser sustentado por mecanismos que façam com que os poluidores paguem pelos danos que seus produtos infligiram às comunidades e ecossistemas vulneráveis. É hora das empresas de combustíveis fósseis pagarem pela gigantesca destruição que causaram.”


A Proposta do Greenpeace: Taxar os Poluidores

Entre as principais propostas apresentadas pelo Greenpeace, destaca-se a recomendação de impostos domésticos sobre a extração de combustíveis fósseis. A ideia é implementar aumentos anuais nessas taxas, aliados a impostos sobre lucros excedentários das empresas e outras cobranças semelhantes.

O valor arrecadado poderia ser revertido para financiar medidas de adaptação, mitigação e compensação por perdas e danos em países em desenvolvimento, proporcionando um alívio essencial às nações que mais sofrem os impactos das mudanças climáticas.

“A justiça climática passa por responsabilizar financeiramente aqueles que mais contribuíram para a crise. Não se trata apenas de arrecadação, mas de reparar os danos causados por décadas de exploração e negligência ambiental”, reforçou Pasquali.


O Contexto Político e Econômico das Negociações

Além das discussões sobre financiamento, o ambiente da COP29 foi impactado por questões geopolíticas. A eleição presidencial nos Estados Unidos, por exemplo, pode moldar o futuro da política climática global, dado o papel central do país nas negociações climáticas. A retirada da Argentina das discussões trouxe outra camada de complexidade, evidenciando as dificuldades econômicas enfrentadas por algumas nações em cumprir seus compromissos climáticos.

Apesar dos obstáculos, o Greenpeace mantém sua posição firme. A organização exige compromissos financeiros concretos, com recursos que venham diretamente dos responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa.


Conclusão: Um Chamado Global à Ação

A manifestação silenciosa do Greenpeace na COP29 serve como um lembrete poderoso da urgência em abordar a crise climática. Com banners que ecoam demandas por justiça climática e pela responsabilização dos grandes poluidores, a organização pressiona líderes globais a transformarem promessas em ações concretas.

A segunda semana da COP29 promete ser decisiva para avançar nas negociações e definir os rumos do financiamento climático global. Contudo, como destacou Inventor, “o sucesso desta Conferência depende de ações concretas e da coragem de responsabilizar os grandes poluidores pela destruição que causaram”.

Agora, cabe aos ministros e negociadores atender a este chamado, garantindo que o futuro seja pautado por justiça climática e soluções sustentáveis.

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