Ataques em Amsterdã geram indignação após partida entre Maccabi Tel Aviv e Ajax
A StandWithUs Brasil, em colaboração com os escritórios internacionais da organização, expressou sua grande preocupação com os violentos episódios ocorridos em Amsterdã na noite do dia 7 de novembro, após o confronto entre Maccabi Tel Aviv e Ajax pela Liga Europeia. O que inicialmente parecia ser um evento esportivo comum rapidamente se transformou em um cenário de violência direcionada a israelenses e judeus, gerando uma onda de indignação no mundo todo.
Violência Generalizada nas Ruas
Imagens gravadas por testemunhas e publicadas nas redes sociais mostram cenas de caos nas ruas de Amsterdã, onde manifestantes, alguns com bandeiras do Hamas, atacaram cidadãos israelenses com extrema violência. Os vídeos mostram expressões de apoio ao grupo terrorista Hamas e a manifestação de ódio contra os judeus. Após o término do jogo, uma multidão enfurecida perseguiu e agrediu israelenses que estavam presentes na cidade. Relatos indicam que os agressores, cujas falas indicam que falavam árabe, atacaram indiscriminadamente homens, mulheres e até crianças, causando um clima de pavor generalizado.
Relatos de Testemunhas e Feridos
As primeiras horas da manhã do dia 8 de novembro foram marcadas por uma série de agressões brutais. Testemunhas oculares relataram tentativas de esfaqueamento, pessoas sendo jogadas em rios e ataques de extrema violência, com vítimas sendo espancadas e humilhadas publicamente. Além disso, houve relatos de torcedores israelenses sendo alvejados por gangues em plena via pública, intensificando o clima de insegurança.
As autoridades israelenses confirmaram que, até o momento, dez cidadãos do país ficaram feridos durante os ataques. Outras dez pessoas, no entanto, ainda não conseguiram estabelecer contato com suas famílias, o que gerou ainda mais apreensão. A polícia de Amsterdã, por sua vez, informou que cinco pessoas foram hospitalizadas devido à gravidade dos ferimentos e que 62 pessoas foram detidas em ações de repressão à violência.
Reações das Autoridades
O governo de Israel, diante da gravidade dos ataques, cogitou inicialmente enviar uma missão de resgate, incluindo dois aviões, para trazer os cidadãos israelenses de volta ao país. Contudo, a missão foi desnecessária, pois as autoridades holandesas conseguiram controlar a situação. Mesmo assim, o governo de Israel e as autoridades de segurança recomendaram que os israelenses presentes na Holanda tomassem precauções adicionais e evitassem sair às ruas.
Além disso, autoridades holandesas e europeias se manifestaram de forma veemente, condenando os ataques e expressando solidariedade aos israelenses afetados pela violência. No entanto, mesmo com as tentativas de acalmar a situação, as autoridades holandesas advertiram a comunidade judaica do país a tomar medidas extras de precaução. Os judeus foram orientados a evitar usar símbolos judaicos em público, como kippahs ou estrelas de David, para reduzir o risco de ataques.
Agravando ainda mais a tensão, as companhias aéreas israelenses rapidamente adicionaram novos voos para permitir que cidadãos israelenses deixassem a Holanda com segurança. O aumento de voos de repatriação destaca a preocupação das autoridades israelenses com a segurança de seus cidadãos no exterior, especialmente em tempos de crescente hostilidade.
Comparação com a Noite dos Cristais
Os ataques em Amsterdã não foram vistos como incidentes isolados, mas sim como um reflexo de uma escalada alarmante de violência antissemita em várias partes do mundo. Para muitos, o ataque em Amsterdã traz à tona lembranças de uma das piores tragédias da história judaica: a Noite dos Cristais, em que, em 1938, um violento pogrom contra judeus teve início na Alemanha. Este evento se tornou um dos marcos do genocídio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém, fez uma conexão direta entre o ataque em Amsterdã e a Noite dos Cristais, afirmando que o que ocorreu nas ruas da cidade holandesa “foi um verdadeiro pogrom”. A declaração reflete a preocupação crescente com o antissemitismo em várias regiões, particularmente após o massacre cometido pelo Hamas em Israel no dia 7 de outubro, que resultou em uma onda de ataques contra civis israelenses.
A Necessidade de Combate ao Antissemitismo
Especialistas em direitos humanos e líderes internacionais reforçaram que ataques como os de Amsterdã são um alerta para o crescimento do antissemitismo em várias partes do mundo. A violência contra judeus e israelenses, motivada apenas pela identidade, é um fenômeno que precisa ser combatido de maneira decisiva. A StandWithUs, organização global que se dedica à defesa do Estado de Israel e ao combate ao antissemitismo, reiterou que deve haver “tolerância zero” para a agressão a qualquer grupo de pessoas com base em sua origem ou religião.
“Esses ataques brutais devem alarmar a todos”, afirmou a organização em nota. “É assustador que isso esteja acontecendo nas vésperas do aniversário da Noite dos Cristais, um evento que marcou o início de uma das maiores tragédias da história humana”, completou. A comparação com o pogrom de 1938 foi reforçada pelo próprio Yad Vashem, que destacou que o crescimento do antissemitismo no mundo é uma ameaça real, que deve ser enfrentada com urgência.
A Comunidade Internacional Reage
A comunidade internacional, especialmente a União Europeia, se manifestou de forma enfática contra a violência em Amsterdã. Líderes de vários países condenaram os ataques e pediram que as autoridades holandesas garantissem a segurança dos cidadãos israelenses e judeus em território europeu. A União Europeia também fez um apelo para que todos os países membros intensifiquem suas ações contra o antissemitismo, afirmando que a violência contra qualquer grupo religioso ou étnico é inaceitável.
“Precisamos agir rapidamente para garantir que tais incidentes não se repitam. O antissemitismo não tem lugar em nosso continente”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma de suas declarações mais fortes após o episódio.
Conclusão: A Luta Contra o Antissemitismo Não Pode Ser Ignorada
O ataque em Amsterdã serve como um lembrete sombrio de que, apesar dos avanços nas últimas décadas em termos de direitos humanos e tolerância religiosa, ainda existem forças no mundo que alimentam o ódio e a violência. O antissemitismo continua a ser uma ameaça crescente, e os incidentes em Amsterdã são um reflexo disso.
A resposta das autoridades de Israel e da comunidade internacional ao pogrom em Amsterdã é crucial para garantir que tais atrocidades não se repitam. O mundo deve estar alerta e agir rapidamente para combater o antissemitismo e a violência contra qualquer grupo, independentemente de sua origem ou crença religiosa. Como destacou a StandWithUs, “agressões motivadas por identidade não podem ser toleradas em nenhuma circunstância”.
Em um momento de grande tensão política e social, é essencial que as lideranças globais se unam para garantir a proteção e o respeito pelos direitos de todos, independente de sua religião ou etnia. O combate ao antissemitismo e a defesa de um mundo mais justo são mais importantes do que nunca.