Um Olhar Sobre a Exposição
Se você ainda não teve a chance de visitar a exposição “Rio de Janeiro, XIX-XXI” na Casa Museu Ema Klabin, tenho uma excelente notícia: a mostra foi prorrogada até o dia 15 de setembro! Essa é uma oportunidade imperdível de explorar um dos álbuns de gravuras mais fascinantes sobre o Rio de Janeiro e conferir as intervenções contemporâneas do artista PV Dias. Em tempos em que a arte se mistura com a história e a contemporaneidade, essa exposição se destaca por sua profundidade e relevância.
O Encanto das Gravuras do Século XIX
A exposição exibe um conjunto raríssimo de 12 gravuras do álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, produzido pelo suíço Johann Jacob Steinmann em 1836. Este álbum é um verdadeiro tesouro para os amantes da história e da arte, sendo um dos primeiros registros europeus da cidade. As gravuras destacam a exuberância da paisagem natural do Rio de Janeiro com um olhar europeu, capturando a beleza da cidade sem revelar as tensões e conflitos que moldavam a época.
As imagens de Steinmann são como janelas para o passado, mostrando o Rio de Janeiro de uma maneira que poucos tiveram a chance de ver. É fascinante como a arte tem o poder de transportar o espectador para outra época, e essas gravuras não são exceção. Ao apreciar cada detalhe, somos convidados a refletir sobre como a cidade evoluiu e como a visão do artista europeu influenciou a percepção que temos do Rio hoje.
O Diálogo com a Arte Contemporânea
É aqui que a magia realmente acontece. A série “Disse-me-disse” de PV Dias oferece um contraponto intrigante às gravuras históricas de Steinmann. PV Dias insere figuras contemporâneas nas gravuras antigas, questionando a passividade das imagens e propondo uma nova leitura da paisagem carioca. É um diálogo visual poderoso que nos desafia a reconsiderar o que vemos e como vemos.
Além disso, PV Dias fez intervenções em outras obras da Coleção Ema Klabin, incluindo peças de Tarsila do Amaral e Frans Post. Essas intervenções não são meros acréscimos, mas sim um convite para uma nova interpretação, uma nova conversa sobre a identidade e a territorialidade do Rio de Janeiro. Ao misturar o antigo com o novo, PV Dias cria um espaço para reflexão e questionamento sobre a representação da cidade e sua evolução ao longo do tempo.
Reflexões e Novas Perspectivas
O que me fascina nessa exposição é como ela nos provoca a pensar sobre a paisagem carioca de maneira mais complexa. PV Dias, junto com outros artistas contemporâneos, nos convida a questionar noções de pertença e territorialidade. A arte tem o poder de ir além da tradição e registrar a realidade de uma forma mais profunda e multifacetada.
É uma chance de ver como diferentes épocas e estilos artísticos podem se encontrar e dialogar, oferecendo novas perspectivas sobre um tema que, à primeira vista, pode parecer familiar. É essa capacidade da arte de abrir novas janelas para a realidade que a torna tão fascinante e relevante.
Catálogo da Exposição: Um Tesouro para Levar para Casa
Se você se apaixonou pela exposição e deseja levar um pedaço dela para casa, o catálogo recém-lançado é uma ótima opção. Ele inclui textos dos curadores Paulo de Freitas Costa e Janaina Damaceno, da curadora-adjunta Ana Paula Rocha, e de outras figuras importantes, como o diretor e o vice-diretor da Biblioteca Brasiliana Guita, Alexandre Macchione Saes e Hélio de Seixas Guimarães, e a pesquisadora Isabella Perrotta.
Além disso, o catálogo traz uma entrevista com PV Dias e imagens das gravuras de Steinmann, restauradas e pertencentes à Coleção Ema Klabin. É uma excelente forma de aprofundar seu conhecimento sobre a exposição e continuar a reflexão em casa.
Visitas Mediadas: Uma Experiência Enriquecedora
Para aqueles que desejam uma experiência mais profunda, a Casa Museu Ema Klabin oferece visitas mediadas à exposição. Essas visitas acontecem de quarta a domingo, e são uma oportunidade para se envolver mais profundamente com a arte e a história apresentadas.
As visitas mediadas são realizadas em datas específicas: 9, 11, 16, 18, 23 e 25 de agosto, das 14h30 às 15h30. Durante esses momentos, o Educativo da casa museu propõe uma conversa sobre a paisagem brasileira, suas populações e como elas foram retratadas pelos pintores europeus. É uma chance única de ouvir especialistas e enriquecer sua compreensão sobre o tema.
Serviço e Informações Práticas
Detalhes da Exposição
Exposição: Rio de Janeiro, XIX-XXI
Obras em destaque: Souvenirs de Rio de Janeiro, Johann Jacob Steinmann, 1836 e Série Disse-me-disse, PV Dias, 2024
Nova data de término: Até 15 de setembro de 2024
Horários e Endereço
Visitas livres: quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h
Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo, SP
Entrada: Franca, com sugestão de contribuição voluntária*
Sobre a Casa Museu Ema Klabin
A Casa Museu Ema Klabin é uma joia cultural em São Paulo. A residência, onde Ema Klabin viveu de 1961 a 1994, é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil, com seus ambientes preservados de forma notável. A coleção inclui obras de grandes mestres como Marc Chagall e Frans Post, além de peças do modernismo brasileiro e uma rica seleção de artes decorativas e livros raros.
Como fundação cultural sem fins lucrativos, a Casa Museu Ema Klabin se dedica a preservar, estudar e divulgar a coleção, promovendo atividades culturais, educacionais e sociais. A programação inclui exposições temporárias, cursos, palestras, oficinas e apresentações de música, dança e teatro, refletindo o legado cultural de Ema Klabin.
O jardim da casa museu foi projetado por Roberto Burle Marx, e a decoração foi criada por Terri Della Stufa, adicionando um charme único ao espaço.
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