A Violência Contra Animais: Um Alerta Para a Escalada de Crimes Violentos

Na foto: Comandante Robis e a veterinária Rosangela Gebara – crédito Sencientes

O Sinal de Alerta: A Campanha “Quebre o Elo” e o Podcast Sencientes

Eu sempre me pego refletindo sobre como a sociedade muitas vezes subestima as pequenas ações e os sinais de alerta que podem, mais cedo ou mais tarde, escalar para algo muito maior e mais grave. Foi com essa inquietação em mente que me deparei com o último episódio do Sencientes Podcast, um programa que já há algum tempo sigo, por tratar de questões fundamentais sobre direitos dos animais, meio ambiente e veganismo. Desta vez, o episódio trouxe uma discussão que me tocou profundamente: a relação entre a violência contra animais e a violência humana. O programa contou com a participação de dois nomes de peso nessa luta: o Coronel Robis Nassaro e a veterinária Rosangela Gebara, representando a Ampara Animal. Eles abordaram um tema que, honestamente, é difícil de ignorar — a Teoria do Elo.

Essa teoria, apresentada por Robis Nassaro, expõe a conexão entre a crueldade contra animais e a escalada para crimes violentos contra humanos. E quando digo “conexão”, não estou falando de algo abstrato ou distante. As evidências são claras: a pessoa que maltrata animais é, em grande parte dos casos, a mesma que mais tarde praticará violência contra pessoas. Nassaro mencionou uma frase que ficou martelando na minha cabeça: “A pessoa que maltrata animais não é uma pessoa boa”. E como discordar disso? É um ciclo de crueldade que começa com quem está mais vulnerável e pode acabar de maneira trágica.

Um Ciclo de Violência Que Precisa Ser Quebrado

A campanha “Quebre o Elo”, lançada pelo Instituto Ampara Animal em 2023, é um grito de socorro para quebrar esse ciclo. Quando penso na ideia de “quebrar o elo”, a primeira coisa que me vem à mente é o quanto essas situações podem parecer normais para quem está envolvido. Uma criança que cresce em um ambiente onde os pais brigam constantemente, que vê o pai batendo no cachorro, talvez não veja a violência como algo anormal. Ao contrário, essa violência se normaliza, se perpetua. Nas palavras de Robis Nassaro, “É uma sequência de fatos, pais brigando entre si, batendo no filho e no cachorro… a criança cresce e continua praticando a violência”. Ou seja, se nada for feito para intervir, esse elo se fortalece.

Eu acredito firmemente que a conscientização é uma das primeiras ferramentas para combater esse tipo de ciclo. Rosangela Gebara, veterinária e uma voz ativa em prol dos animais, destacou um ponto que poucos de nós paramos para pensar: o papel dos profissionais de veterinária. Segundo ela, esses profissionais são, muitas vezes, os primeiros a detectar sinais de abuso nos animais, e têm um papel fundamental em denunciar e quebrar esse ciclo. Essa observação é tão óbvia que chega a ser assustador pensar em como pode passar despercebida por tantos de nós. Veterinários não estão ali apenas para curar doenças, mas também para perceber os sinais de violência, algo que pode salvar tanto os animais quanto as pessoas.

Maus-Tratos Como Indicador de Problemas Maiores

Não podemos esquecer que a violência doméstica é um problema gravíssimo, e a crueldade contra os animais é um de seus muitos sintomas. Nassaro trouxe dados alarmantes que reforçam essa questão: “São 130 ligações por hora para o 190 no país só de violência doméstica”. A partir dessa estatística, fica claro o quão urgente é a necessidade de campanhas como a “Quebre o Elo”. Se deixarmos essa violência passar despercebida nos casos em que os animais são as primeiras vítimas, estamos, de certa forma, permitindo que ela evolua. Esse é um alerta que devemos levar a sério.

O Impacto da Teoria do Elo na Prática

O que mais me chamou atenção durante o podcast foi a discussão sobre um estudo feito nos Estados Unidos, que demonstrou uma ligação direta entre homicidas e atos de crueldade animal na infância. De acordo com essa pesquisa, uma grande parcela desses criminosos começou suas trajetórias de violência ainda crianças, agredindo animais. E essa estatística não pode ser ignorada. Nassaro, durante sua fala, fez um alerta incisivo: “Se existe mau trato contra animais em ambiente doméstico, devemos levantar uma bandeira vermelha”. E isso faz todo o sentido para mim. É como se a crueldade contra os animais fosse o primeiro degrau em uma escada que leva à violência mais severa.

A campanha “Quebre o Elo” é, portanto, um esforço para impedir que esse primeiro degrau seja ultrapassado. E para isso, é necessário educar e sensibilizar a sociedade como um todo — desde pais e professores até veterinários e autoridades. Quando todos os setores da sociedade reconhecem a seriedade da violência contra animais, podemos começar a desconstruir esse ciclo de violência e, finalmente, quebrar o elo.

A Importância da Ação Conjunta

Algo que me marcou profundamente nesse episódio foi a clareza com que tanto Nassaro quanto Gebara expressaram a importância da ação conjunta. Não é apenas uma questão de veterinários ou autoridades policiais fazerem sua parte, mas também de todos nós como sociedade. Se você vê ou sabe de maus-tratos contra animais, o que faz com essa informação? Muitas vezes, o medo de retaliação ou a ideia de que “não é problema meu” nos paralisa. Mas, como bem apontou Gebara, o silêncio é um grande aliado da violência. Profissionais da saúde, professores, vizinhos — todos têm um papel a desempenhar nesse cenário.

Eu penso que iniciativas como o Sencientes Podcast são essenciais para expandir essa conversa. Mais do que isso, a campanha “Quebre o Elo” precisa chegar a mais pessoas, precisa de mais visibilidade. No fim das contas, estamos falando de vidas que podem ser salvas. E isso, para mim, é o que mais importa.

O Que Podemos Fazer Para Quebrar o Ciclo?

Se você, assim como eu, ficou reflexivo após ouvir esse episódio do podcast, talvez esteja se perguntando: “O que eu posso fazer para ajudar?”. A verdade é que há várias formas de contribuir para essa causa. Vou listar aqui algumas que considero fundamentais:

1. Denuncie Maus-Tratos Contra Animais

Não se cale diante de um crime. Se você presenciar ou souber de algum caso de violência contra animais, denuncie às autoridades competentes. O silêncio só perpetua a crueldade.

2. Conscientize as Pessoas ao Seu Redor

Fale sobre a Teoria do Elo. Compartilhe informações sobre como a violência contra animais pode ser um sinal de problemas maiores. A conscientização é o primeiro passo para quebrar o ciclo.

3. Apoie Campanhas Como a “Quebre o Elo”

Se envolva com instituições e campanhas que trabalham ativamente para combater a violência contra animais. O Instituto Ampara Animal é uma dessas iniciativas que merece nosso apoio e engajamento.

4. Eduque as Novas Gerações

Crianças que aprendem a respeitar os animais são adultos mais conscientes e empáticos. Ensine seus filhos, sobrinhos ou alunos sobre a importância do respeito a todas as formas de vida.

5. Incentive a Ação Profissional

Se você conhece algum veterinário ou profissional da saúde que trabalha com animais, incentive-os a estarem atentos aos sinais de abuso. Eles têm um papel crucial na identificação precoce de maus-tratos.

O Futuro que Queremos Construir

Acredito que uma das grandes lições desse episódio do Sencientes Podcast é que a violência não surge do nada. Ela é construída, alimentada e muitas vezes ignorada até que se torne impossível de conter. A crueldade contra os animais é um sinal de que algo está profundamente errado, e fechar os olhos para isso é contribuir para que mais vidas sejam destruídas — sejam elas humanas ou animais.

Portanto, quando falamos em quebrar o elo, estamos falando em intervir antes que seja tarde demais. Estamos falando de criar uma sociedade mais compassiva, mais atenta e mais disposta a agir. Eu, como ouvinte e cidadão, saio desse episódio com a convicção de que essa não é uma causa de nicho, não é apenas sobre direitos animais ou meio ambiente. É sobre todos nós.

Se você ainda não ouviu o episódio do Sencientes Podcast com o Coronel Robis Nassaro e a Rosangela Gebara, recomendo fortemente que o faça. A reflexão que ele provoca é necessária, e a urgência do tema é incontestável.

E, para quem quiser saber mais sobre como participar da campanha “Quebre o Elo”, deixo aqui um convite: explore as iniciativas do Instituto Ampara Animal e esteja atento aos sinais ao seu redor. Cada ação, por menor que seja, conta.

Conheça mais sobre a campanha “Quebre o Elo” e outros temas no site

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