O Brasil Brilha em Paris e Conquista a Terceira Posição no Quadro de Medalhas
Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 começaram com uma energia contagiante, e o segundo dia de competições não foi exceção. Os atletas brasileiros deram um show, subindo quatro vezes ao lugar mais alto do pódio e garantindo mais cinco medalhas de bronze. No total, o Brasil já acumula 12 medalhas – cinco ouros, uma prata e seis bronzes – e conseguiu subir para a terceira posição no quadro geral de medalhas. Estamos atrás apenas da China e da Grã-Bretanha, que lideram com 25 e 15 pódios, respectivamente.
Não é exagero dizer que a sexta-feira, 30, foi um dia de celebração para o esporte paralímpico brasileiro. Com o início das provas de atletismo, natação, taekwondo e tênis de mesa, o Brasil mostrou que está preparado para competir em alto nível e brilhar no cenário internacional.
Atletismo: O Brasil Mostra Sua Força
No atletismo, os brasileiros brilharam com uma performance estonteante, conquistando quatro medalhas no total, incluindo três de ouro e uma de bronze. A grande estrela da noite foi o paraibano Petrúcio Ferreira, que se sagrou tricampeão paralímpico nos 100 metros, na classe T47 (deficiência nos membros superiores), com um tempo impressionante de 10s68. Não há palavras suficientes para descrever o impacto de ver um atleta tão determinado e focado conquistando seu terceiro ouro consecutivo. É uma verdadeira inspiração para todos nós.
Outro destaque foi o paulista Júlio Agripino, que não só ganhou o ouro nos 5.000 metros na classe T11 (deficiência visual), mas também estabeleceu um novo recorde mundial com um tempo de 14min48s85. A marca anterior parecia intocável, mas Júlio mostrou que nada é impossível com talento e dedicação. Também vale mencionar o sul-matogrossense Yeltsin Jacques, que ficou com a medalha de bronze na mesma prova, mostrando a força coletiva do atletismo brasileiro.
O fluminense Ricardo Mendonça também fez valer sua presença ao ganhar ouro nos 100 metros, na classe T37 (paralisia cerebral), com o mesmo tempo de 10s68. As conquistas foram uma mistura de precisão, velocidade e uma dose extra de determinação.
Taekwondo: A Estreante Ana Carolina Moura Brilha
No taekwondo, o Brasil teve uma estreia de peso com Ana Carolina Moura, uma jovem mineira que competiu pela primeira vez em Jogos Paralímpicos. E que estreia! Ana Carolina conquistou a medalha de ouro na categoria até 65kg, derrotando a francesa Djelika Diallo com um convincente 13 a 7. Ver uma atleta novata triunfar de forma tão impressionante é algo que nos enche de orgulho e esperança para o futuro do esporte paralímpico brasileiro.
A paraibana Silvana Fernandes também fez história ao garantir a medalha de bronze na categoria até 57kg. Ela venceu a cazaque Kamiyla Dosmalova por 28 a 3 na disputa pelo terceiro lugar. A performance de Silvana foi um exemplo brilhante de resiliência e habilidade, mostrando que o Brasil tem muito a oferecer no taekwondo.
O paulista Nathan Torquato, que competia na categoria até 63kg, infelizmente sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante a semifinal e não pôde competir pela medalha de bronze. Apesar do revés, sua dedicação e espírito esportivo foram notáveis.
Natação: Medalhas de Bronze para o Brasil
Na natação, o Brasil garantiu duas medalhas de bronze. O catarinense Talisson Glock brilhou nos 200 metros medley, na classe S6 (limitações físico-motoras), enquanto o revezamento 4×50 metros livre misto 20 pontos também trouxe uma medalha para casa. Cada medalha representa horas de treinamento e esforço, e a dedicação desses atletas é um testemunho do alto nível de competitividade no esporte.
Tênis de Mesa: Pódios e Expectativas
O tênis de mesa também trouxe boas notícias para o Brasil com uma medalha de bronze. A dupla formada pelas paulistas Cátia Oliveira e Joyce Oliveira teve um desempenho sólido, mas foi derrotada pelas sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon por 3 sets a 0 nas semifinais das duplas femininas WD5. Mesmo assim, elas conquistaram o bronze, uma conquista valiosa para o país.
Os paulistas Claudio Massad e Luiz Manara garantiram um lugar nas semifinais das duplas masculinas MD18 ao vencerem os franceses Thomas Bouvais e Mateo Boheas por 3 sets a 1. Nas quartas de final das duplas femininas WD20, as catarinenses Bruna Alexandre e Dani Rauen venceram a dupla ucraniana Iryna Shynkarova e Maryna Lytovchenko por 3 sets a 0 e avançaram para as semifinais, que acontecerão neste sábado, 31. É ótimo ver que o Brasil está bem posicionado e com chances de brilhar ainda mais na modalidade.
Tiro com Arco: Desafios e Superações
No tiro com arco, o gaúcho Reinaldo Charão não avançou às quartas de final após ser derrotado por Michael Meier, da Áustria, por 142 a 135. Apesar da derrota, a competição foi uma oportunidade de aprender e crescer para futuros desafios. Por outro lado, a goiana Jane Karla se destacou ao vencer a filipina Agustina Bantiloc por 143 a 127 na classe open, garantindo um lugar entre os oito melhores. Sua performance foi um exemplo de garra e competência.
Bocha: Vitórias e Desafios
Na bocha, os atletas brasileiros mostraram garra e determinação. O cearense Maciel Santos venceu o israelense Nadav Levi por 8 a 0 na fase de grupos, enquanto a paraibana Laissa Guerreira, da classe BC4 (sem assistência), venceu a alemã Anita Raguwaran por 4 a 2. Esses resultados são um reflexo da dedicação e do treinamento árduo dos atletas.
Infelizmente, o paulista José Carlos Chagas, o mineiro Mateus Carvalho, a paulista Evelyn Oliveira e a pernambucana Evani Calado não conseguiram vencer seus confrontos na fase de grupos, mas o esforço e a dedicação de cada um são inegáveis.
Outras Competições e Resultados
O vôlei sentado masculino teve um desafio difícil contra a Alemanha, sendo derrotado por 3 sets a 0 na fase de grupos. No goalball masculino, o Brasil venceu os Estados Unidos por 13 a 8, enquanto a seleção feminina foi superada por Israel por 8 a 4. Esses resultados mostram que o Brasil está lutando com muita determinação em todas as modalidades.
Delegação Brasileira: Maior Missão Fora do Brasil
Esta é a maior missão brasileira em uma edição dos Jogos Paralímpicos fora do Brasil, superando os 259 atletas convocados para Tóquio 2020. Embora o número de atletas não tenha superado o recorde dos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas, a presença brasileira em Paris é um marco importante. O Brasil participou de todas as 22 modalidades nos Jogos do Rio, e está mostrando que a paixão pelo esporte e o compromisso com a excelência continuam fortes.
Patrocínios e Apoios
O apoio das Loterias Caixa e da Braskem tem sido fundamental para o sucesso dos atletas brasileiros. As Loterias Caixa são patrocinadoras oficiais do goalball, tênis de mesa, bocha, natação e vôlei sentado, enquanto a Braskem apoia o atletismo. O Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, que beneficia 114 atletas, também é crucial para o desenvolvimento e suporte aos nossos talentos. Entre os beneficiados estão Talisson Glock, Petrúcio Ferreira, Ricardo Mendonça, Ana Carolina Moura, Bruna Alexandre, Cátia Oliveira, Nathan Torquato, Silvana Fernandes e Maria Eduarda Stumpf.
O Time São Paulo, uma parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, também desempenha um papel importante, beneficiando 149 atletas, incluindo Julio Agripino, Nathan Torquato, Joyce Oliveira e Danielle Rauen.
Conclusão
Paris 2024 está sendo um espetáculo de talento, superação e dedicação. Os atletas brasileiros estão mostrando ao mundo o que significa lutar por seus sonhos e alcançar grandes feitos. Cada medalha, cada recorde, e cada vitória são uma celebração não apenas dos atletas, mas de todo o Brasil. À medida que os Jogos continuam, podemos esperar mais momentos emocionantes e conquistas incríveis. Vamos torcer para que nossos atletas continuem brilhando e levando o nome do Brasil ao topo do pódio.
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