Artecola testa e aprova BioGLP, inovação de origem vegetal similar ao gás de cozinha

Novo produto gera emissões de carbono até 80% menores. Uso pioneiro garantiu reconhecimento da Ultragaz à empresa de adesivos e laminados.

A transição energética é uma necessidade urgente, e empresas que se posicionam na vanguarda dessa mudança merecem destaque. Uma dessas empresas é a Artecola, que recentemente se tornou uma das primeiras indústrias no Brasil pronta para adotar o BioGLP em suas operações. Para quem não está familiarizado, o BioGLP é uma alternativa ao GLP convencional, o gás de cozinha que utilizamos diariamente, mas com uma vantagem fundamental: ele é de origem vegetal, gerando até 80% menos emissões de carbono. Eu, particularmente, vejo isso como um avanço muito bem-vindo em direção a um futuro mais sustentável.

O pioneirismo da Artecola

A Artecola foi reconhecida pela Ultragaz, fornecedora do BioGLP, por ser uma das primeiras empresas a testar o produto em um projeto-piloto. A parceria entre essas duas gigantes teve como objetivo avaliar o desempenho do BioGLP em condições reais de produção industrial, e os resultados foram animadores. Durante o teste, que durou 15 dias em junho, a unidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, utilizou um total de 8 toneladas do gás em seus processos de produção de adesivos, substituindo o GLP convencional.

Segundo Eduardo Gonçalves, Gerente Geral da Artecola no Brasil, o desempenho do BioGLP foi equivalente ao do gás tradicional. Ou seja, a empresa conseguiu manter seus processos industriais com a mesma eficiência, mas com um impacto ambiental significativamente menor. Isso, para mim, é um grande avanço. As empresas têm uma responsabilidade crescente de buscar alternativas sustentáveis, e a Artecola mostra que isso é possível sem comprometer a eficiência operacional.

Gonçalves também destacou que a Artecola já é uma empresa Carbono Neutro, o que significa que todas as suas emissões de carbono são compensadas por meio de projetos que neutralizam o impacto ambiental. Com a adoção do BioGLP, a empresa dá mais um passo importante nessa direção. E, como alguém que acompanha de perto os desafios da sustentabilidade, não posso deixar de reconhecer a relevância disso. O compromisso da empresa com práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) é algo que outras organizações deveriam tomar como exemplo.

Um reconhecimento merecido

A homenagem da Ultragaz à Artecola aconteceu em um evento na Sala Sustentabilidade, localizada na matriz da empresa em Campo Bom. O Gerente Comercial Empresarial da Ultragaz, Gustavo Tonin, entregou uma placa à equipe da Artecola, que estava representada por Eduardo Gonçalves, pela Supervisora de Tecnologia e ESG, Alessandra Lemos, pelo Coordenador de Manutenção, Paulo Schmokel, e pelo Comprador, Gilmar Dal Bem. Este reconhecimento público é, sem dúvida, mais do que merecido, pois demonstra o valor de parcerias que buscam o desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis.

Para a Ultragaz, o sucesso do projeto-piloto com o BioGLP é um marco importante em sua estratégia de contribuir para a descarbonização da matriz energética do Brasil. Gabriel Ruver, Gerente Executivo da Ultragaz, afirmou que essa conquista reforça o compromisso da empresa com a inovação e a sustentabilidade. E eu concordo plenamente com essa visão. O futuro da energia precisa ser limpo, eficiente e viável para toda a sociedade, e o BioGLP parece ser uma peça importante desse quebra-cabeça.

O impacto do BioGLP: Energia limpa e renovável

Vamos falar um pouco mais sobre o BioGLP em si. Produzido a partir de fontes renováveis, como a soja, o BioGLP mantém todas as características do GLP tradicional, o que facilita sua adoção sem a necessidade de grandes ajustes na infraestrutura industrial já existente. A Ultragaz desenvolveu esse novo combustível em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Refinaria Riograndense (RPR), em Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Esse esforço conjunto de pesquisa e desenvolvimento permitiu que a Ultragaz distribuísse um lote-piloto de 140 toneladas de BioGLP para empresas selecionadas, como a Artecola.

O mais impressionante, na minha opinião, é que o BioGLP não apenas reduz as emissões de carbono em até 80%, como também oferece o mesmo nível de desempenho do GLP convencional. Isso é especialmente relevante quando pensamos em setores industriais que dependem fortemente de combustíveis fósseis para suas operações diárias, como é o caso da produção de adesivos na Artecola. Eu vejo o BioGLP como uma das soluções mais promissoras para reduzir nossa dependência de fontes fósseis, especialmente em países como o Brasil, que tem um enorme potencial para o desenvolvimento de energias renováveis.

Principais vantagens do BioGLP:

  • Menor emissão de gases do efeito estufa: A produção e o uso do BioGLP geram significativamente menos emissões de CO2.
  • Fonte renovável: O BioGLP é derivado de materiais vegetais, como a soja, o que contribui para a sustentabilidade da matriz energética.
  • Alto desempenho: O BioGLP oferece o mesmo nível de eficiência que o GLP tradicional, facilitando sua substituição.
  • Potencial de escalabilidade: Com o avanço da tecnologia, o BioGLP pode ser amplamente adotado em diversos setores da indústria.

Para além das questões ambientais, outro ponto que me chamou atenção foi a fala de Gonçalves sobre o impacto econômico e social dessa mudança. Ele mencionou que, além de reduzir as emissões, a adoção de energias renováveis também traz benefícios econômicos a longo prazo, uma vez que as empresas se tornam menos dependentes de fontes fósseis e, consequentemente, menos expostas à volatilidade dos preços desses combustíveis. A longo prazo, isso pode representar uma vantagem competitiva significativa para empresas como a Artecola.

O futuro do BioGLP e seus desafios

No entanto, apesar de todo esse otimismo, é importante mencionar que ainda existem desafios consideráveis para a adoção massiva do BioGLP. O principal deles, ao meu ver, é o custo de produção. Como acontece com muitas tecnologias emergentes, o BioGLP ainda é mais caro do que o GLP convencional. Isso se deve, em parte, ao processo de produção, que envolve a utilização de matérias-primas vegetais e uma tecnologia ainda em fase de aprimoramento.

Outro desafio é a infraestrutura necessária para a distribuição do BioGLP em larga escala. Embora o gás possa ser utilizado nos mesmos equipamentos que o GLP convencional, a logística de distribuição e armazenamento precisa ser adaptada para lidar com a demanda crescente. Eu acredito que, com o tempo, esses obstáculos serão superados, especialmente à medida que mais empresas e governos se comprometerem com a transição para energias renováveis.

Por fim, a regulamentação é um fator que não pode ser ignorado. Para que o BioGLP se torne uma alternativa viável em larga escala, é fundamental que os órgãos reguladores criem um marco legal específico para essa nova tecnologia. Isso pode incluir incentivos fiscais, subsídios para pesquisa e desenvolvimento, e políticas públicas que promovam o uso de combustíveis renováveis em setores estratégicos da economia.

O papel da Artecola na transição energética

A Artecola, com seus 76 anos de história, já se consolidou como uma das empresas mais inovadoras do Brasil no que diz respeito a práticas sustentáveis. Ela está entre o seleto grupo de menos de 0,5% das empresas brasileiras que atingem essa maturidade, de acordo com dados do IBGE. Com nove plantas produtivas espalhadas pelo Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, México e Peru, a empresa tem mostrado que é possível crescer de forma sustentável e responsável.

Presente em setores tão variados quanto o calçadista, moveleiro, automotivo e de embalagens, a Artecola emprega cerca de 800 pessoas e gera um impacto significativo em todos os mercados em que atua. O fato de a empresa estar comprometida com a neutralização de carbono e agora com a adoção do BioGLP só reforça sua posição de liderança no mercado.

Eu, pessoalmente, acredito que iniciativas como essa são essenciais para inspirar outras empresas a seguirem o mesmo caminho. A transição energética não é um desafio que uma única empresa ou setor pode enfrentar sozinha; ela exige um esforço coletivo. E a Artecola, está tecnicamente pronta para adotar o BioGLP assim que possivel e se comprometer com a sustentabilidade, está desempenhando um papel crucial nessa jornada.

Conclusão

O uso do BioGLP pela Artecola é mais do que apenas um teste bem-sucedido; é um sinal claro de que estamos caminhando para um futuro onde as fontes renováveis de energia serão a norma, e não a exceção. Claro, ainda há desafios pela frente, mas as conquistas até agora me deixam otimista.

Se você se interessa por esse tema e quer entender mais sobre o futuro das energias renováveis, recomendo acompanhar de perto empresas como a Artecola e a Ultragaz. Elas estão abrindo caminho para um futuro mais limpo e sustentável, e isso é algo que todos devemos celebrar e apoiar.

Confira mais detalhes sobre a Artecola e como essa gigante está contribuindo para a mudança energética no Brasil.

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