Cortez Editora divulga balanço de vendas da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, como sempre, foi um evento grandioso. Mas para as editoras que ali estavam, a realidade dos números de vendas trouxe algumas surpresas. Para a Cortez Editora, a expectativa era de um crescimento de 20% em relação à edição anterior, realizada em 2022. Contudo, a diretora comercial e de marketing, Elaine Nunes, revelou que, apesar de não terem atingido essa meta, um crescimento de 4% foi registrado.

Elaine, sempre bastante realista, comenta: “As vendas não atingiram nossa expectativa de 20%, mas tivemos o crescimento de 4%. Sentimos a falta do público universitário no evento, enquanto o público mais jovem aumentou bastante.” E é aqui que começamos a perceber um ponto curioso e relevante: o papel que o público mais jovem, com suas características distintas, vem desempenhando em eventos desse porte.

O público jovem e os influenciadores

Para quem já participou de uma Bienal, é evidente que o público se renova constantemente. Elaine Nunes destacou que esse aumento de adolescentes e pré-adolescentes pode estar diretamente relacionado à influência das redes sociais e, claro, aos influenciadores digitais. Como ela aponta: “O público juvenil é muito intenso e vibrante, são leitores apaixonados por livros e isso, agregado a algumas editoras que fizeram ação nos estandes com brindes, acabou gerando muito congestionamento nos corredores, o que dificultou a circulação até o estande da Cortez.”

A fala de Elaine é uma leitura interessante do cenário atual do mercado editorial. A presença massiva de jovens, motivados por ações de marketing das editoras e pela constante recomendação de livros por influenciadores literários, é um reflexo direto da forma como consumimos cultura hoje. Isso gera um novo comportamento de compra, mais espontâneo e passional. No entanto, também traz desafios logísticos para editoras que, como a Cortez, estão tentando se adaptar a esse novo público.

Eu, particularmente, sou daqueles que acredita no poder das redes sociais para formar novos leitores. Sempre que vejo uma recomendação literária nas redes, sinto que há um movimento de democratização da leitura. Por outro lado, o congestionamento que Elaine menciona é um problema concreto. E isso vai além da Cortez. Imagine um corredor da Bienal lotado de jovens, todos na fila para pegar um brinde ou tirar uma foto com o influenciador do momento. Naturalmente, quem está em busca de uma experiência mais tranquila ou de um livro específico acaba tendo dificuldades para circular pelo espaço.

A importância de ver os livros como protagonistas

Apesar das dificuldades e das expectativas não totalmente atendidas, Elaine Nunes comemorou a participação da Cortez no evento: “Ter e ver os livros como protagonista para todas as faixas etárias é, sem dúvida, a realização e o objetivo do mercado editorial. A Cortez celebra esses momentos com a certeza de que o seu próximo projeto, a Livraria das Perdizes, será a continuação desse elo entre o leitor, os autores e o livro.”

Aqui, concordo plenamente com ela. No final das contas, o objetivo maior da Bienal é esse mesmo: fazer com que o livro seja o verdadeiro protagonista. É a chance de ver leitores de diferentes idades, origens e gostos literários reunidos em torno de uma paixão comum. E a Cortez Editora, com sua longa trajetória de 44 anos, tem feito um trabalho consistente nesse sentido.

A ideia da Livraria das Perdizes, mencionada por Elaine, parece promissora. A criação de espaços que promovam o encontro entre leitores e autores é essencial para fortalecer o vínculo que temos com a literatura. Um projeto como esse pode ser exatamente o que o mercado editorial precisa: um lugar de convivência e de troca, em um momento em que as interações virtuais ainda dominam nossas vidas.

Os mais vendidos da Cortez Editora

A lista de livros mais vendidos da Cortez durante a Bienal reflete uma variedade de temas e interesses. Vamos dar uma olhada neles com mais atenção:

  1. Manual Prático de Educação Antirracista, de Allan Pevirguladez
    Não me surpreende que esse seja um dos livros mais vendidos. O debate sobre racismo e a necessidade de uma educação antirracista têm ganhado força nos últimos anos. Allan Pevirguladez, com sua experiência como educador e sua pedagogia inovadora, traz à tona uma obra necessária. Para quem atua na área da educação, como pais ou professores, esse manual se apresenta como um verdadeiro guia prático, com orientações para um ambiente mais inclusivo. O preço do livro é acessível, tanto em formato físico (R$ 45) quanto em ebook (R$ 31).
  2. Trama Ancestral, de Wilson Júnior
    Aqui temos um romance que mistura aventura e mitologia, algo que particularmente sempre me atrai. O cenário do Brasil colonial do século XVII e a presença de Anansi, o deus aranha da mitologia africana, são elementos fascinantes. Gosto da forma como Wilson Júnior constrói essa narrativa que mistura mistério, autodescoberta e uma trama cheia de simbolismo. O livro físico custa R$ 57 e o ebook R$ 40, valores que considero justos para uma obra desse gênero.
  3. Parque de Diversões dos Números, de Mara Cortez
    Para quem acha que matemática é difícil ou entediante, essa obra tenta mudar essa percepção. Mara Cortez dá vida aos números e transforma as operações em uma brincadeira. Confesso que, como alguém que sempre teve uma relação um pouco complicada com a matemática, me interessei por esse livro. Parece ser uma ótima forma de apresentar os números de maneira lúdica para as crianças. O preço? R$ 57 no físico e R$ 40 no ebook.
  4. Conectados, mas com cuidados!, de Mario Sergio Cortella e Paulo Jebaili
    Mário Sergio Cortella dispensa apresentações, e, nesse livro, ele aborda um tema muito relevante para os dias de hoje: o uso responsável da tecnologia. Em tempos de fake news, aprender a verificar fontes e entender o impacto das informações digitais é essencial. Cortella, ao lado de Paulo Jebaili, consegue trazer uma obra que não apenas educa, mas também diverte. No formato físico e ebook, o preço é o mesmo: R$ 57 e R$ 40, respectivamente.
  5. Racismo na Infância, de Márcia Campos Eurico
    Uma leitura densa, crítica e extremamente necessária. Márcia Campos Eurico mergulha nas raízes históricas e sociais do racismo, focando nas crianças. O livro não é apenas um retrato das injustiças, mas também um farol de esperança, oferecendo caminhos concretos para um futuro mais justo. O preço é um pouco mais elevado que os outros, R$ 76 no formato físico e R$ 47 no ebook, mas acredito que valha cada centavo, dado o conteúdo.

Cortez Editora: A força de um catálogo diversificado

A Cortez Editora tem uma trajetória que merece ser celebrada. Com 44 anos de atuação e um catálogo que hoje conta com cerca de 1.400 títulos, a editora se consolidou como uma referência em diversas áreas, especialmente na educação e no universo infantojuvenil. O fato de ter obras de autores renomados, tanto nacionais quanto internacionais, e estar sempre aberta a novos intelectuais, é um dos seus grandes trunfos.

Eu, como leitor, sempre apreciei editoras que se comprometem com a qualidade e a diversidade de suas publicações. E a Cortez tem feito isso muito bem, especialmente com sua linha infantojuvenil, que tem conquistado prêmios e reconhecimento tanto no Brasil quanto no exterior.

Para quem ainda não conhece a editora, aqui vai uma dica rápida: a Cortez tem uma presença forte nas redes sociais, o que facilita o acompanhamento das suas novidades e lançamentos.


Cortez Editora: Um Guia Rápido

Para facilitar o acesso às informações da Cortez Editora, aqui estão alguns links e dados úteis:

  • Site Oficial: Acesse o catálogo completo, novidades e muito mais.
  • Canal no YouTube: Assista a vídeos, entrevistas e outros conteúdos sobre os livros da editora.

Infelizmente, não consegui encontrar um endereço físico específico ou número de telefone público para contato direto, mas o site oficial oferece um formulário para dúvidas e solicitações.


Considerações finais

A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi um sucesso para a Cortez Editora, mesmo que as expectativas iniciais de vendas não tenham sido totalmente alcançadas. O crescimento de 4% mostra que, apesar dos desafios, há uma base de leitores sólida e um interesse crescente, especialmente entre os jovens. E, olhando para o futuro, com projetos como a Livraria das Perdizes, parece que a Cortez continuará a desempenhar um papel fundamental na formação de novos leitores e na difusão da literatura de qualidade.

E você, já leu algum desses títulos? Que tal dar uma olhada no catálogo da Cortez?

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