A Expointer, um dos maiores eventos agropecuários do Brasil, é sempre um momento de grande expectativa para o setor, e na 47ª edição, não foi diferente. Tive a oportunidade de acompanhar de perto as inovações e parcerias que a Embrapa trouxe para o evento. E vou te contar, a Embrapa realmente se superou este ano, com lançamentos que prometem revolucionar a agropecuária e fortalecer ainda mais o agronegócio no nosso país.
Reunião de Grandes Nomes e Lançamentos Inovadores
A Embrapa realizou, no dia 29 de agosto, uma solenidade para apresentar suas novas tecnologias no Parque Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer. E não foram poucas as novidades: seis soluções tecnológicas, quatro publicações e a assinatura de parcerias estratégicas com duas instituições. Estavam presentes o Diretor de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clenio Pillon, e os chefes das unidades do Rio Grande do Sul: Clima Temperado, representada por Waldyr Stumpf Junior, Pecuária Sul, com Fernando Cardoso, e Uva e Vinho, com Henrique Pessoa dos Santos. E claro, representantes de parceiros no desenvolvimento e na transferência de tecnologias também marcaram presença.
Mas o evento não se resumiu apenas à Embrapa. Antes da solenidade oficial, os ministros da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, visitaram as novas tecnologias. Eles puderam conhecer de perto – e até degustar – a cultivar de maçã BRS Gala JVZ64, uma das grandes novidades desenvolvidas pela Embrapa Uva e Vinho. Pimenta ressaltou a importância do trabalho da Embrapa no esforço de retomada do setor primário no estado, especialmente após os desafios recentes. Já Teixeira destacou como a Embrapa tem sido fundamental para o desenvolvimento dos produtores de base familiar, oferecendo soluções que aumentam a eficiência e, claro, a geração de renda.
Impacto Social e Sustentabilidade em Foco
Eu fico impressionado com a maneira como a Embrapa consegue alinhar tecnologia, inovação e responsabilidade social. Clenio Pillon, diretor da Embrapa, destacou algo que me chamou bastante atenção: o impacto que as entregas da Embrapa têm para a sociedade. Ele ressaltou a importância da ciência para as políticas públicas que afetam não só os agricultores, mas também os moradores das cidades, garantindo alimentos saudáveis e de qualidade na mesa dos brasileiros.
É inegável que a Embrapa tem um papel crucial na recuperação do Rio Grande do Sul, que recentemente enfrentou enchentes severas. Mas o que realmente me toca é a visão da Embrapa para o futuro, especialmente no enfrentamento das mudanças climáticas. É uma prova de que a empresa está sempre um passo à frente, buscando soluções que não só atendam às demandas atuais, mas que também preparem o setor para os desafios futuros.
Durante a solenidade, alguns parceiros da Embrapa também tiveram a chance de falar sobre o trabalho em conjunto. Mara Saafeld, presidente da Emater/RS, mencionou como o novo convênio assinado durante a Expointer reforça uma colaboração que já dura anos. E é exatamente isso que a gente precisa, parcerias sólidas e duradouras que tragam resultados concretos.
As Soluções Tecnológicas que Vão Transformar o Campo
Agora, vamos falar das novidades tecnológicas que foram apresentadas, porque, sinceramente, essas inovações têm tudo para fazer a diferença no campo. Uma das mais empolgantes é a CarbonGado, uma calculadora que auxilia na estimativa e mitigação da emissão de gases de efeito estufa do rebanho bovino de corte. Desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), essa ferramenta chega em um momento crucial, quando o setor agropecuário está cada vez mais pressionado a se alinhar às práticas sustentáveis.
E não para por aí. A Unidade de Bagé também lançou o Intergen Genômico, uma nova versão do software de avaliação genética de bovinos de corte. O software agora atende a mais programas de melhoramento de raças bovinas, o que é uma excelente notícia para os pecuaristas que buscam otimizar seus rebanhos. E para completar, foi lançada a 2ª edição do Sumário Brangus+, em parceria com a Associação Brasileira de Brangus (ABB), e o Sumário PampaPlus, em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). Eu sempre fico animado quando vejo como a tecnologia pode ajudar a aprimorar a produção no campo, e essas novidades são um excelente exemplo disso.
Inovações na Fruticultura
Se você, assim como eu, é fã de uma boa maçã, vai gostar de saber que a Embrapa Uva e Vinho trouxe uma novidade que promete revolucionar a fruticultura: a BRS Gala JVZ64, que será comercialmente conhecida como Purple Gala®. E o que faz dessa maçã algo tão especial? Bem, ela é a primeira cultivar brasileira do grupo Gala com casca de coloração vermelha compacta, sem as tradicionais estrias. Além de ser visualmente diferente, o que facilita o manejo é que ela desenvolve a cor mais cedo do que as Galas tradicionais, o que também reduz a necessidade de uma colheita escalonada.
Outra cultivar que merece destaque é a amora-preta BRS Karajá, lançada pela Embrapa Clima Temperado. O que me chamou a atenção é o porte ereto da planta e a ausência de espinhos nas hastes, o que facilita o manejo. Quem trabalha com fruticultura sabe como esses detalhes fazem toda a diferença no dia a dia.
Ainda nessa linha, a Unidade de Pelotas lançou a publicação “Nogueira-pecã: Cultivo, benefícios e perspectivas”. Essa obra traz informações técnicas que podem ajudar, especialmente os produtores que enfrentaram adversidades climáticas, a recuperarem seus pomares. É esse tipo de conhecimento técnico que muitas vezes faz a diferença entre um cultivo bem-sucedido e um fracasso.
Agroflorestas e Sustentabilidade
Outro lançamento que merece menção é o “Observatório das Agroflorestas do Extremo Sul do Brasil”, uma iniciativa da Embrapa Clima Temperado. Este observatório reúne experiências bem-sucedidas e informações valiosas sobre as agroflorestas na região, fornecendo subsídios para investimentos nesse tipo de sistema. As agroflorestas têm se mostrado uma excelente opção para restaurar áreas degradadas e promover uma produção mais sustentável, e o observatório é uma ferramenta que pode catalisar esses processos.
E como se não bastasse, a Embrapa também trouxe uma inovação no setor de arroz, em parceria com a Embrapa Agricultura Digital, Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Arrozeira Pelotas. Eles disponibilizaram o primeiro lote de arroz rastreado por meio da tecnologia blockchain, utilizando a ferramenta Sibraar, desenvolvida pela Embrapa. Isso é o futuro da rastreabilidade de alimentos, proporcionando mais segurança e transparência para o consumidor.
Parcerias que Fortalecem o Setor
Agora, eu preciso falar das parcerias que foram firmadas durante a Expointer, porque elas realmente têm um potencial transformador. A Embrapa Pecuária Sul assinou uma carta de intenções com a Fetag-RS e os sindicatos dos trabalhadores rurais de Pinheiro Machado e Caçapava do Sul. O objetivo? Desenvolver o Projeto Qualigen, que vai disponibilizar material genético de raças taurinas com genética superior para os produtores familiares. Esses produtores muitas vezes não têm acesso às melhores tecnologias, e essa iniciativa pode realmente mudar o jogo para eles.
Além disso, a Embrapa firmou um acordo de cooperação técnica com a Emater-RS, voltado para as ações da Plataforma Sul e o plano emergencial de reconstrução do estado. A meta é desenvolver ações conjuntas para difundir tecnologias sustentáveis para a agropecuária gaúcha. Esse tipo de parceria é essencial para garantir que as inovações cheguem de fato ao produtor rural e façam a diferença no campo.
Um Olhar para o Futuro com o Agroecologia 2024
Por fim, mas não menos importante, a Embrapa Clima Temperado também lançou o Agroecologia 2024, um evento que já está marcado na minha agenda. A série de eventos, que será realizada na Estação Experimental Cascata (EEC), em Pelotas, é uma vitrine para as tecnologias e iniciativas voltadas para uma agricultura de base ecológica. O tema deste ano é “Recuperação com Agroecologia”, o que, para mim, é mais do que pertinente. Estamos vivendo um momento em que a sustentabilidade não é mais uma opção, mas uma necessidade. E eventos como esse são fundamentais para disseminar práticas que promovam uma agricultura mais equilibrada e harmônica com o meio ambiente.
A programação oficial do Agroecologia 2024, que acontecerá de 4 a 6 de dezembro, promete três dias intensos de atividades. E se eu puder dar um conselho, é para não perder essa oportunidade de aprender e trocar experiências sobre como podemos fazer uma agropecuária mais sustentável e, ao mesmo tempo, produtiva.
Considerações Finais
A 47ª Expointer foi, sem dúvida, um marco para a Embrapa. Os lançamentos e as parcerias firmadas demonstram o compromisso da empresa em promover uma agropecuária moderna, sustentável e acessível a todos os produtores, sejam eles grandes ou pequenos. É inspirador ver como a Embrapa continua a liderar o caminho na inovação tecnológica, sem perder de vista a importância da responsabilidade social e ambiental.
Esses avanços reforçam a importância de eventos como a Expointer, que não só mostram o que há de mais novo no setor, mas também possibilitam a troca de experiências e a construção de parcerias que podem transformar a realidade do campo. Fico animado em ver o que o futuro reserva, especialmente com iniciativas tão promissoras sendo desenvolvidas pela Embrapa. E você, o que achou dessas novidades? Deixe seu comentário, vou adorar saber sua opinião!
Se você quiser saber mais sobre as inovações tecnológicas e os impactos da sustentabilidade na agropecuária, recomendo dar uma olhada nos artigos disponíveis no site da Master Maverick.