Filme de Abertura: “Meu Nome é Bagdá” Encerra a Primeira Noite do Festival em Curitiba
O Festival do Cinema Universitário Brasileiro, também conhecido como Metrô, retorna a Curitiba para sua 7ª edição entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro, trazendo uma programação imperdível e gratuita na Cinemateca de Curitiba.
Quando penso em eventos culturais, especialmente aqueles que envolvem cinema, é impossível não sentir uma pontada de excitação. E se há algo que me enche de esperança no cenário cinematográfico nacional, são os festivais que promovem a produção universitária. O Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro é exatamente esse tipo de evento: um verdadeiro celeiro de talentos e um espaço de experimentação, onde novos olhares e narrativas encontram a tela.
Neste ano, o festival promete mais uma vez ser um ponto de encontro para estudantes, cinéfilos e profissionais da área. Serão exibidos 48 curtas-metragens produzidos por estudantes de instituições de ensino superior de 14 estados brasileiros. Entre esses, 15 são produções paranaenses, o que demonstra o vigor e a diversidade da produção local.
O Filme de Abertura: “Meu Nome é Bagdá”
Agora, vamos falar do grande destaque da noite de abertura. O filme que terá a honra de abrir o festival é “Meu Nome é Bagdá”, da talentosa diretora Caru Alves de Souza. Caru não é uma estranha para o público universitário, pois também deu seus primeiros passos no cinema através da universidade. Seu trabalho é um exemplo brilhante de como o ambiente acadêmico pode ser um trampolim para carreiras de sucesso no cinema.
“Meu Nome é Bagdá” é uma obra que tem muito a dizer. A história gira em torno de Bagdá, uma jovem skatista de 17 anos que vive na periferia de São Paulo. Ela passa seus dias entre o skate e a convivência com sua família e amigos. Mas a vida de Bagdá toma um rumo diferente quando ela encontra um grupo de meninas skatistas. A partir desse encontro, o filme nos conduz por uma narrativa poderosa sobre identidade, resistência e empoderamento feminino.
Eu acredito que filmes como esse são essenciais, especialmente no contexto atual. Eles nos mostram realidades que, muitas vezes, não têm espaço nas grandes produções comerciais. Além disso, o olhar feminino de Caru Alves de Souza traz uma sensibilidade única à tela, algo que precisamos ver mais no cinema brasileiro.
O filme já conquistou prêmios importantes, incluindo o Grande Prêmio de Melhor Filme da mostra Generation 14plus no 70º Festival Internacional de Berlim. Isso só reforça o talento e a relevância de Caru Alves de Souza no cenário cinematográfico. Seu primeiro longa, “De Menor” (2014), também foi amplamente reconhecido, tendo vencido o Prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio. Essas conquistas não apenas destacam a qualidade de seu trabalho, mas também colocam em evidência o potencial do cinema universitário brasileiro.
O Festival Como um Todo: Um Mergulho na Sétima Arte
Se você, assim como eu, é apaixonado por cinema, então o Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro é um evento que não pode faltar na sua agenda. A programação é rica e diversificada, oferecendo uma janela para o que há de mais inovador na produção cinematográfica universitária.
Além das exibições, o festival promoverá debates e discussões entre os realizadores e o público. Eu, pessoalmente, acho esse tipo de interação fundamental. O cinema, afinal, é uma forma de comunicação, e nada melhor do que ver essas ideias sendo trocadas e debatidas ao vivo.
Mas o festival não se resume apenas às exibições. Haverá também oficinas que abordarão temas pertinentes ao universo do cinema. Essas atividades são uma excelente oportunidade para quem deseja aprofundar seus conhecimentos e habilidades na sétima arte. Eu diria que participar dessas oficinas é quase como fazer uma imersão no cinema, o que pode ser transformador tanto para iniciantes quanto para veteranos.
Destaque: Oportunidade para Novos Talentos
O Metrô é mais do que um simples festival; é uma vitrine para novos talentos. Eu me lembro de como é difícil, para muitos jovens cineastas, encontrar espaços onde possam exibir seus trabalhos e receber feedback genuíno. O Metrô oferece exatamente isso: uma plataforma onde as vozes emergentes podem ser ouvidas e onde as inovações narrativas e técnicas podem ser apreciadas.
Os filmes exibidos nas mostras Panorama e Competitiva concorrem ao troféu Passagem para Casa, um prêmio que, para muitos, representa não apenas o reconhecimento de seu trabalho, mas também uma motivação para continuar criando e explorando novas ideias.
Um Festival de Inclusão e Diversidade
Algo que merece destaque no Metrô é o compromisso do festival com a inclusão e a diversidade. Não apenas nas temáticas abordadas pelos filmes, mas também na seleção dos curtas-metragens. Com produções vindas de 14 estados brasileiros, o festival consegue capturar a multiplicidade de vozes e histórias que compõem nosso país.
É revigorante ver que o Metrô não se limita a um tipo específico de narrativa ou estética. Pelo contrário, ele abraça a diversidade e a complexidade da experiência humana, algo que, na minha opinião, é essencial para o crescimento da nossa cinematografia.
Programação Completa e Como Participar
Se você está interessado em conferir essa programação incrível, recomendo acessar o site oficial do festival: www.metrouniversitario.com.br. Lá, você encontrará todos os detalhes sobre os 48 curtas-metragens que serão exibidos, tanto na mostra Competitiva quanto na Panorama.
Além disso, o Metrô está presente nas redes sociais, como Instagram e YouTube, o que facilita acompanhar as novidades e os destaques do festival. Eu, particularmente, gosto de seguir eventos como esse nas redes, pois é uma forma de me manter atualizado e, ao mesmo tempo, sentir a energia que vai se formando em torno do evento.
Considerações Finais
O Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro não é apenas um evento cultural, mas uma celebração do cinema enquanto arte e enquanto ferramenta de expressão. Para quem ama cinema, é uma oportunidade única de ver de perto o que está sendo produzido nas universidades de todo o país, e de se inspirar com a criatividade e a coragem desses jovens cineastas.
Mais do que nunca, precisamos apoiar e valorizar esses espaços de produção e exibição. O Metrô é uma prova de que o cinema brasileiro tem futuro, e que esse futuro está sendo construído agora, com a participação ativa de uma nova geração de realizadores.
Portanto, se você estiver em Curitiba entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro, faça um favor a si mesmo e vá até a Cinemateca de Curitiba. A programação é gratuita e aberta ao público, então não há desculpas para perder essa oportunidade. E quem sabe, ao final do festival, você saia de lá inspirado e com a cabeça cheia de novas ideias, assim como eu sempre saio de eventos como esse.
Serviço:
Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro
Data: 27 de agosto a 1º de setembro de 2024
Local: Cinemateca de Curitiba (R. Pres. Carlos de Carvalho, 1174, bairro São Francisco)
Programação gratuita
Site oficial: www.metrouniversitario.com.br
Instagram: @metrouniversitario
YouTube: Metrô Festival
Para mim, eventos como o Metrô são a prova viva de que o cinema é uma forma de arte em constante evolução, e que os festivais universitários são essenciais para manter essa chama acesa. Vá, participe, se inspire e, acima de tudo, aproveite cada momento dessa celebração do cinema!