Os Benefícios de uma Vida Sexual Ativa: Mais do que Prazer, uma Questão de Saúde

Manter uma vida sexual ativa é algo que, para muitos, vai além do prazer. É sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida. E quem sou eu para discordar? Como homem, acredito que nossa saúde deve ser uma prioridade, e quando falamos em saúde, incluir a sexualidade na conversa é fundamental. O médico e terapeuta sexual João Borzino destaca com propriedade as várias formas como a atividade sexual regular pode impactar positivamente nossa vida. Vamos explorar isso juntos.

Sexo: Um Remédio Natural

Primeiro, vamos direto ao ponto: o sexo não é só uma fonte de prazer, mas também um poderoso remédio natural. Borzino enfatiza que ter uma vida sexual ativa pode trazer benefícios impressionantes para nossa saúde física e mental. Imagine que, além de todo o prazer envolvido, você ainda está cuidando do seu coração, melhorando sua memória e até mesmo controlando aquela enxaqueca insistente.

Por exemplo, um estudo publicado no Journal of Health and Social Behavior relaciona a prática sexual regular a uma redução significativa no risco de hipertensão em mulheres idosas. Isso me faz pensar: quantos de nós subestimamos o poder que uma vida sexual ativa pode ter sobre nossa saúde? Não é algo que se ouve todo dia, mas deveria ser.

Outro ponto que Borzino menciona é a frequência cardíaca durante o sexo, especialmente durante o orgasmo, que pode chegar a 180 batimentos por minuto. Isso não só soa como uma boa dose de exercício cardiovascular, mas também mostra como o sexo pode ser parte de uma rotina saudável. Homens na faixa dos 50 anos, por exemplo, que têm relações sexuais pelo menos duas vezes por semana, têm 45% menos chances de desenvolver problemas cardíacos. E não para por aí – os homens que ejaculam pelo menos 21 vezes por mês têm metade do risco de desenvolver câncer de próstata. Isso tudo é baseado em pesquisas sólidas, como a do Instituto Nacional do Câncer em Maryland.

Sexo e Saúde Mental: Um Alívio para a Enxaqueca e o Estresse

Agora, se você, assim como eu, já teve que lidar com uma enxaqueca, sabe o quanto isso pode ser debilitante. A boa notícia é que, de acordo com Borzino, a atividade sexual pode ajudar, e muito, nesses momentos. Isso acontece porque o orgasmo libera uma série de substâncias químicas no cérebro, como endorfinas, que são ótimas para aliviar a dor e promover uma sensação de bem-estar.

Além disso, o sexo ajuda a melhorar a qualidade do sono, graças à liberação de prolactina e ocitocina, os hormônios que nos ajudam a relaxar e a ter um sono mais profundo e reparador. E como se isso não fosse suficiente, o sexo ainda ajuda a reduzir os níveis de cortisol, o famoso hormônio do estresse. Menos estresse, menos chances de desenvolver doenças como diabetes, e ainda dá aquele boost no sistema imunológico, deixando nosso corpo mais preparado para enfrentar infecções e doenças.

Outro estudo interessante, realizado na Universidade McGill, no Canadá, revelou que as mulheres que mantêm uma vida sexual ativa têm uma melhor capacidade de memória, especialmente em lembrar de palavras. Isso porque a atividade sexual estimula conexões neurais importantes em áreas do cérebro relacionadas à fala, memória e aprendizado. Ou seja, o sexo não é só bom para o corpo, mas também para a mente.

Longevidade e Qualidade de Vida

E não pense que os benefícios param por aí. Pesquisadores das Universidades de Bristol e Belfast, no Reino Unido, descobriram que homens que praticam sexo regularmente tendem a viver mais e com maior qualidade de vida. Esse é um daqueles pontos que me fazem refletir sobre como pequenas escolhas diárias podem ter um impacto tão grande a longo prazo.

E quando falamos de autoestima, o sexo também desempenha um papel importante. Um estudo da Universidade Cornell descobriu que estudantes que se envolvem em sexo casual tendem a ter uma autoestima mais alta do que aqueles que estão em relacionamentos mais comprometidos. Isso não significa que um tipo de relacionamento seja melhor que o outro, mas sim que o sexo, independente da situação, pode ser uma ferramenta poderosa para nos sentirmos melhor sobre nós mesmos.

A Frequência Ideal: Existe Mesmo?

Agora, uma pergunta que muitas pessoas fazem é: qual é a frequência ideal de relações sexuais? Bem, isso vai depender muito de cada pessoa, da idade, estilo de vida e da dinâmica do casal. Borzino aponta que a frequência tende a diminuir com o passar dos anos, o que é algo natural. Jovens entre 18 e 29 anos, por exemplo, têm em média 112 relações sexuais por ano, o que equivale a três encontros por semana. Já entre os adultos de 30 a 39 anos, esse número cai para 86, e para aqueles entre 40 e 49 anos, a média é de 69 relações anuais.

Para os casados, a frequência também varia bastante. Cerca de 34% dos casados têm relações duas a três vezes por semana, 45% algumas vezes por mês e 13% apenas algumas vezes por ano. E é aqui que entra um ponto interessante: a qualidade pode ser mais importante que a quantidade. Conforme Borzino menciona, mulheres heterossexuais, com o tempo, se sentem mais confortáveis sexualmente, devido à autoconfiança e à melhor comunicação com o parceiro. Elas conhecem melhor seus corpos e sabem o que querem, o que torna o sexo mais satisfatório, mesmo que a frequência não seja tão alta quanto antes.

A Atividade Sexual e o Impacto na Saúde Global

João Borzino vai além ao destacar a importância da atividade sexual para a saúde em um sentido mais amplo. Ele nos lembra que o sexo é uma forma de comunicação íntima e de gratificação, mediada principalmente pela dopamina. Esse sistema de gratificação não só nos faz sentir bem, mas também tem um impacto direto na liberação de outros neurotransmissores, criando uma complexa teia hormonal.

Essa teia, por sua vez, ajuda a proteger o corpo contra diversas doenças, especialmente aquelas relacionadas à síndrome metabólica, como hipertensão, colesterol alto, obesidade e diabetes. Borzino levanta uma questão crucial: o impacto que esses “organismos inflamados” têm na saúde pública e na economia global. Doenças como AVC, infarto e Alzheimer, que estão diretamente ligadas a esses fatores, representam um enorme fardo para a sociedade.

O Alerta da OMS sobre a Demência

Falando em Alzheimer, a Organização Mundial de Saúde (OMS) traz dados alarmantes: a doença de Alzheimer é responsável por 70% dos casos de demência no mundo. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas vivam com demência hoje, e esse número pode triplicar até 2050. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem com a condição, com 100 mil novos casos diagnosticados anualmente.

Esses números são assustadores, e o custo para a sociedade é imenso. Em 2019, o mundo gastou cerca de 1,3 trilhões de dólares para cuidar de pessoas com demência. Além do impacto financeiro, há também o custo emocional e físico para as famílias e cuidadores dessas pessoas. Borzino destaca que cuidar da nossa saúde sexual pode ser uma maneira de reduzir esses números no futuro, promovendo um envelhecimento mais saudável e, quem sabe, prevenindo doenças tão devastadoras como o Alzheimer.

O Papel da Saúde Sexual na Longevidade

Mas o que tudo isso significa para nós, no dia a dia? Borzino é claro ao afirmar que a saúde sexual é um pilar essencial para uma vida longa e saudável. A OMS define saúde sexual como um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. Isso vai muito além da ausência de doenças – trata-se de uma abordagem positiva e respeitosa da sexualidade.

Manter uma vida sexual saudável não é só sobre prazer, é sobre cuidar de nós mesmos em todos os aspectos: físico, mental e até econômico. Afinal, como Borzino conclui, uma sexualidade bem cuidada é um dos segredos para preservar a saúde e, consequentemente, o ser humano como um todo.

Conclusão

A atividade sexual é muito mais do que uma simples fonte de prazer. É uma ferramenta poderosa para promover a saúde e o bem-estar, melhorar a qualidade de vida e até mesmo prolongar a longevidade. E você, como tem cuidado da sua saúde sexual? É algo para se pensar e, quem sabe, começar a dar mais atenção. Afinal, cuidar de si mesmo também é um ato de amor.

Descubra mais sobre saúde e bem-estar aqui.

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