Sete Mitos e Verdades sobre o Câncer de Mama

No Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a doença, confira orientações sobre a realização do exame de mamografia, sintomas, fatores de risco e tratamentos

Marcado pela cor rosa, outubro se tornou um símbolo global de conscientização para a saúde ativa e preventiva contra o câncer de mama, um tumor que apresenta a maior taxa de mortalidade entre as mulheres brasileiras. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil mulheres deverão ser diagnosticadas com a doença até o final do ano.

“O Outubro Rosa nos permite incentivar a realização de exames de rotina e a atenção a qualquer mudança nas mamas. Muitas pessoas ainda têm medo ou falta de informação, e a campanha ajuda a quebrar esses tabus”, destaca Thiago Nóbrega, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul, no ABC paulista.

A Sociedade Brasileira de Mastologia estima que, historicamente, a campanha tenha aumentado em até 30% o número de mamografias realizadas no mês de outubro. Para orientar corretamente e desmistificar o tema, confira abaixo sete mitos e verdades sobre o câncer de mama e o exame.


1. Silicone impede a realização da mamografia

MITO. Ao contrário do que muitas pensam, o silicone nos seios não atrapalha a avaliação feita pelo mamógrafo, que também não perfura ou danifica a prótese. Basta informar o médico sobre a prótese para que ele possa afastá-los, se forem necessárias mais imagens que descartem o tumor, evitando distorções nos resultados.


2. Traumas ou pancadas na região causam câncer de mama

MITO. Traumas ou pancadas na região das mamas podem fazer com que nódulos já existentes sejam notados, mas não causam o surgimento de novos nódulos. Os principais fatores de risco para o câncer de mama são idade, estilo de vida e hereditariedade.

“Cerca de 5 a 10% dos registros estão relacionados a gatilhos genéticos e hereditários, sendo a idade o principal fator. Por isso, mulheres entre 20 e 39 anos devem fazer o exame das mamas a cada três anos. A partir dos 40, ele deve ser anual. Dos 55 anos em diante, a frequência pode ser bienal”, orienta Thiago Nóbrega.


3. É importante conhecer o próprio corpo

VERDADE. Testes de toque nas mamas são úteis. Se a mulher perceber alterações no seu busto ou axilas, essas mudanças devem ser analisadas por um mastologista, oncologista ou ginecologista.

“Mudanças repentinas no aspecto das mamas podem apontar a aparição de nódulos. Manchas cutâneas, vermelhidões ou secreções nos mamilos também são sinais de alerta que devem ser analisados por um especialista”, destaca o ginecologista.


4. Período menstrual interfere na realização do exame

MITO. A mamografia, um exame de baixa radiação e sem necessidade de preparos prévios, pode ser realizada sem preocupações. No entanto, o médico explica que “o ciclo menstrual não interfere na realização do exame, mas o período que antecede a menstruação pode causar mais desconforto, já que as mamas ficam mais sensíveis”. Por isso, é recomendável que o exame seja feito alguns dias após a menstruação.


5. Não pode usar desodorante no dia da mamografia

VERDADE. A orientação é suspender o uso de desodorantes, hidratantes e outros produtos cosméticos nas axilas no dia do exame, para não comprometer a precisão do diagnóstico. “Produtos de higiene pessoal não causam câncer de mama. Sugerimos que as pacientes não usem esses produtos no dia da análise porque a concentração de substâncias pode interferir na localização e definição do nódulo”, alerta o profissional.


6. Gestante ou lactante não pode fazer mamografia

VERDADE. Em cenários como a gravidez ou amamentação, é possível solicitar outras verificações menos invasivas tanto para a mãe quanto para o bebê. “A mamografia é contraindicada durante a gravidez devido à radiação (mesmo que baixa), que pode prejudicar o feto. Além disso, na gestação os seios ficam mais rijos e densos, o que dificulta a interpretação do mamógrafo. O ultrassom da mama substitui perfeitamente o procedimento”, explica Thiago.


7. Prevenção está no dia a dia

VERDADE. A prevenção do câncer de mama está diretamente relacionada à adoção de hábitos saudáveis. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas eficazes para prevenir essa e outras doenças.


Sintomas e Tratamentos

O câncer de mama é um tumor maligno que pode se manifestar de diferentes formas. Os principais sintomas incluem:

  • Nódulos indolores
  • Alterações na pele da mama (vermelhidão ou retração)
  • Secreção anormal nos mamilos
  • Mudanças no formato ou tamanho das mamas

“Quando descoberto precocemente, as chances de cura chegam a 95%. Além disso, o tratamento em fases iniciais é menos invasivo e mais eficaz, por isso, a conscientização é tão importante e salva vidas”, afirma Nóbrega.

Nos últimos anos, o tratamento do câncer de mama evoluiu significativamente. Inovações como as terapias-alvo, que atacam diretamente as células cancerígenas, e a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater o câncer, trazem novas esperanças, especialmente para casos mais complexos, como o câncer de mama triplo-negativo.

“Esses avanços, somados ao suporte de equipes multidisciplinares, garantem um atendimento mais eficaz e completo”, destaca o especialista do Hospital São Luiz São Caetano do Sul.


Infraestrutura Especializada no Hospital São Luiz São Caetano do Sul

A unidade da Rede D’OR, a primeira da bandeira São Luiz fora da capital paulista, oferece uma infraestrutura especializada para o tratamento do câncer de mama, desde a descoberta até o acompanhamento e o pós-tratamento. O hospital conta com equipamentos de última geração e uma equipe multidisciplinar formada por:

  • Mastologistas
  • Oncologistas
  • Radiologistas
  • Patologistas
  • Psicólogos
  • Nutricionistas

Essa equipe proporciona um cuidado ágil e integrado, melhorando a qualidade de vida das pacientes.

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