Esclerose Múltipla (EM) e Saúde Reprodutiva: Uma Análise Completa

Esclerose Múltipla (EM) e Saúde Reprodutiva: Uma Análise Completa

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta, predominantemente, jovens adultos e tem maior incidência em mulheres (cerca de 69% dos casos). Essa predominância sugere a atuação dos hormônios femininos no processo da doença. Para além dos efeitos clássicos da EM sobre o sistema nervoso central, estudos recentes têm destacado seus impactos na saúde reprodutiva, abordando desde o manejo clínico até as decisões reprodutivas dos pacientes.


O que é Esclerose Múltipla?

  • Definição: Doença inflamatória crônica autoimune em que o sistema imunológico ataca a mielina, camada protetora das fibras nervosas do cérebro e medula espinhal, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
  • Prevalência Global:
    • Mais de 2,8 milhões de pessoas vivem com EM no mundo (MSIF, 2023).
    • Em algumas regiões, como América do Norte e Europa, a prevalência pode atingir até 1 em 300 pessoas.
  • Fatores de risco:
    • Predisposição genética modulada por fatores ambientais (tabagismo, infecções virais, deficiência de vitamina D, latitude geográfica).
  • Faixa etária principal: Diagnóstico frequente entre 20-40 anos, coincidente com fase reprodutiva.
  • Sintomas comuns: fadiga, distúrbios motores, sintomas sensoriais, problemas cognitivos e visuais.

Relação entre EM e Fertilidade

Embora a EM não cause infertilidade diretamente, há vários fatores indiretos que podem comprometer a saúde reprodutiva de pacientes:

Impactos da Doença e seus Tratamentos

  • Efeitos nos hormônios e função gonadal:
    • Medicamentos imunomoduladores e imunossupressores, essenciais para controlar a EM, podem afetar o eixo hormonal e reduzir a função gonadal em homens e mulheres.
  • Estresse físico e psicológico:
    • O estresse crônico relacionado à doença e ao diagnóstico pode atrasar o planejamento familiar e afetar a fertilidade.
  • Evolução natural da doença:
    • Pode interferir nos níveis hormonais e saúde reprodutiva devido ao impacto sistêmico e neurológico.

Medicina Reprodutiva e Preservação da Fertilidade

  • Abordagem multidisciplinar:
    • Envolve neurologistas, endocrinologistas e especialistas em reprodução assistida para um manejo integrado.
  • Criopreservação:
    • Técnica que permite a conservação de óvulos, espermatozoides ou embriões antes do início de tratamentos potencialmente gonadotóxicos ou durante fases instáveis da doença.
    • Garante oportunidade para gravidez planejada quando o quadro clínico estiver estável.
  • Aconselhamento genético e reprodutivo:
    • Fundamental para informar o paciente, já que não há testes genéticos específicos para EM, mas variantes genéticas podem influenciar a resposta aos tratamentos e suscetibilidade.

Importância do Planejamento Familiar para Pacientes com EM

  • inclusão precoce do planejamento familiar e a discussão sobre fertilidade são essenciais para ampliar as opções reprodutivas.
  • Estratégias:
    • Avaliação da saúde reprodutiva logo após o diagnóstico.
    • Consideração dos efeitos dos tratamentos na fertilidade.
    • Suporte psicológico para ajudar no enfrentamento do impacto emocional da doença e de suas implicações reprodutivas.

Dados Relevantes Sobre EM e Fertilidade

  • Mulheres são as principais afetadas (69%) — sugere um papel hormonal importante na patologia (MSIF).
  • A prevalência maior em adultos jovens coincide com a idade ideal para gestação.
  • Embora não hereditária diretamente, parentes com EM têm risco aumentado, tornando aconselhamento genético uma ferramenta útil.
  • Avanço no cuidado integra fertilidade na rotina do tratamento da EM (Igenomix, 2023).

Perspectivas Atuais e Avanços

  • Tratamentos modificadores da doença tornaram-se mais eficazes e personalizados, aumentando qualidade de vida e expectativa reprodutiva.
  • A conscientização internacional, com destaque para o Dia Mundial da EM (30 de maio), fortalece a disseminação de informações, incluindo aspectos sobre fertilidade.
  • Nos últimos anos, laboratórios de medicina personalizada, como o Igenomix, têm ampliado a oferta de suporte reprodutivo especializado para pacientes de doenças autoimunes.

Recomendações para Pacientes com EM que Desejam Ter Filhos

  • Consultar neurologista e especialista em reprodução para avaliação conjunta.
  • Agendar aconselhamento genético para entender riscos e opções.
  • Considerar criopreservação antes do início de terapias agressivas.
  • Monitorar o estado da doença para programar a gestação em períodos de estabilidade.
  • Apoio psicológico para lidar com estresse, ansiedade e planejamento familiar.

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